
“O programa, todo falado em língua portuguesa e composto de 14 filmes, entre longas e curtas-metragens, documentais e de ficção, de produção portuguesa e brasileira, foi construído segundo a lógica de momentos temáticos, que procuram ir ao encontro de um conjunto de temas pertinentes no panorama político e social atual e do seu impacte nas pessoas e comunidades queer”, adiantou a organização, em comunicado de imprensa.
O evento, idealizado e produzido pelo ‘designer’ de comunicação e agente cultural da ilha Terceira João Pedro Costa, tem um “foco especial na juventude e nas suas problemáticas específicas”.
Integra um projeto de itinerância e descentralização que o Festival de Cinema Queer Lisboa tem desenvolvido desde 2021, “procurando levar alguns dos títulos mais recentes e relevantes do cinema queer a locais de Portugal Continental e ilhas”, onde o acesso a este tipo de filmes “é ainda muito restrito”.
O ciclo arranca no fim de semana em que se celebra o Dia Internacional Contra a Homofobia, Bifobia a Transfobia (17 de maio).
O primeiro momento decorre de 16 a 18 de maio, no Auditório do Ramo Grande, na Praia da Vitória, tendo como temas “juventude, religião e família”.
“Propomos um olhar sobre a nossa relação individual com esses lugares de pertença e de crescimento – o bairro e a escola, a família e a religião –, e da não rara necessidade de rompimento com esses lugares, para construir aqueles outros, onde somos mais seguros e mais felizes: as nossas comunidades tornadas família alternativa”, indicou a organização.
Na sexta-feira, às 10:30, numa sessão para escolas, aberta ao público em geral, é exibido o filme “Lobo e Cão”, de Claúdia Varejão, rodado na ilha de São Miguel.
No sábado, às 21:00, é exibido o filme “Pedágio”, de Carolina Markowicz, e no domingo, às 18:00, o documentário “Intransitivo”, de Gabz 404, Gustavo Deon, Lau Graef e Luka Machado.
O ciclo de cinema regressa no dia 30 de maio, para um segundo momento que tem como tema “Saúde sexual e saúde mental nas pessoas queer”.
Numa sessão especial, em parceria com a companhia Cães do Mar, é apresentado, no dia 30, às 21:00, “O Carnaval é um Palco, a Ilha uma Festa”, de Rui Mourão, na Recreio dos Artistas, em Angra do Heroísmo.
No do 31, às 21:00, é exibido “E Agora? Lembra-me”, de Joaquim Pinto, no Centro Cultural e de Congressos de Angra do Heroísmo.
No mesmo local, no dia 01, às 18:00, passa “A Metade de Nós”, de Flávio Botelho, seguido de um debate sobre saúde sexual e saúde mental nas pessoas queer, com a psiquiatra e sexóloga clínica Mariana Bettencourt e a médica de medicina interna, com pós-graduação em VIH/sida, Vanessa Barcelos, moderado pela programadora do Queer Lisboa Constança Carvalho Homem.
O último momento do ciclo tem como tema “Ativismo e vozes queer” e arranca com um debate, na Livraria Lar Doce Livro, em Angra do Heroísmo, no dia 13 de junho, às 18:15.
Moderado pelo diretor artístico do Queer Lisboa, João Ferreira, o debate conta com a participação da proprietária da livraria LGBTQI+ Esquina Cor de Rosa Jó Bernardo, do professor da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa António Fernando Cascais e da vice-presidente da direção da associação Amplos, Isabel Rodrigues.
No dia 14 de junho, às 21:00, é exibido, na Recreio dos Artistas, “As Fado Bicha”, de Justine Lemahieu.
O ciclo encerra no dia 15 de junho, começando com a exibição das curtas-metragens “Dildotectónica”, de Paula Tomás Marques, “Um Caroço de Abacate”, de Ary Zara, e “Seu Nome Era Gisberta”, de Sérgio Galvão Roxo, às 16:00, na Recreio dos Artistas.
Às 18:00, no mesmo local, é exibida a curta-metragem “Onde o Verão Vai (Episódios da Juventude)”, do terceirense David Pinheiro Vicente, seguida de “Ovnis, Monstros e Utopias”, que inclui as curtas “Entre a Luz e o Nada”, de Joana de Sousa, “Sob Influência”, de Ricardo Branco, e “Uma Rapariga Imaterial”, de André Godinho.
O Queer Terceira é financiado pela União Europeia e pela Startup Europe Regions Network, no âmbito do programa Youth 4 Outermost Regions.
Todas as sessões e atividades do programa têm entrada gratuita.
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