Fontes parlamentares do parlamento regional, citadas pela agência espanhola Efe, indicaram que Puigdemont pediu a deslocação para explicar “a situação política atual”, o que substitui a comparecência pedida anteriormente para segunda-feira, 09 de outubro, que foi invalidada pelo Tribunal Constitucional.
O tribunal espanhol tomou esta decisão na quinta-feira, depois de um recurso apresentado pelo Partido Socialista da Catalunha (PSC), por desconfiar da possibilidade de Puigdemont se estar a preparar para validar os resultados do referendo de autodeterminação e declarar a independência da Catalunha.
A Mesa e a reunião de líderes parlamentares reúnem-se a partir das 15:30 (14:30 de Lisboa) para decidir se aceitam este pedido de comparência do presidente do governo regional (Generalitat) e estabelecer a hora exata que vai ter lugar.
Ao contrário do que aconteceu anteriormente, o pedido de comparecência enviado agora por Puigdemont não faz agora qualquer menção à lei do referendo, suspendida pelo Tribunal Constitucional, nem à consulta popular de 01 de outubro passado.
O chefe do Governo regional solicita apenas que pretende dirigir-se à assembleia para “informar sobre a situação política atual” sem mencionar uma eventual declaração de independência.
O Estado espanhol tem tentado através de todos os mecanismos jurídicos que tem à sua disposição impedir que a Generalitat tome medidas a favor da secessão da Catalunha ou que Puigdemont possa declarar a independência da região.
A Espanha está a viver uma das suas maiores crises políticas de sempre depois da transição democrática iniciada em 1977.
O governo regional da Catalunha (Generalitat) anunciou na madrugada de segunda-feira passada que 90% dos catalães votaram a favor da independência no referendo do dia anterior.
A consulta popular foi convocada pela Generalitat, dominada pelos separatistas e boicotada pelos unionistas, tendo o Estado espanhol, nomeadamente o Tribunal Constitucional, declarado que a consulta era ilegal.
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