“Eu não acompanho a ideia de que a noite é insegura. Ao longo destes anos as forças de segurança realizaram milhares de operações orientadas para a diversão noturna”, disse o porta-voz da Polícia de Segurança Pública, intendente Hugo Palma, em conferência de imprensa para apresentara a operação “Festas Seguras 2017”.
Questionado sobre os recentes casos em discotecas de Lisboa, Hugo Palma sustentou que “é uma ideia errada” considerar que “a noite é insegura baseado numa ou duas situações que têm surgido nos últimos tempos”.
Na última sexta-feira, um segurança morreu, depois de ter sido baleado na cabeça numa discoteca de Lisboa. Em novembro, depois da divulgação de um vídeo com seguranças da discoteca Urban Beach a agredir dois jovens e após 38 queixas na PSP contra esta discoteca de Lisboa, o Ministério da Administração Interna ordenou o encerramento do estabelecimento por um período de seis meses.
“A noite é segura na maioria dos casos, haverá exceções, obviamente que sim, a ideia é que as pessoas podem sair à noite e podem divertir-se”, sustentou o porta-voz da PSP, sublinhando que a Polícia de Segurança Pública “está presente” junto aos estabelecimentos de diversão noturna e “faz o seu trabalho”.
Hugo Palma afirmou que a PSP reforça o policiamento nestes locais, como durante a operação “Festas Seguras 2017”, para garantir que “o ambiente seja de segurança e que as situações conhecidas nos últimos tempos sejam de exceção à regra”.
“A polícia sempre procurou estar próximo das áreas de diversão noturna. Há todo um trabalho policial que não é visível, porque não é notícia. Todas as noites, todas as semanas, centenas de situações são resolvidas pelo nosso pessoal, e não assumem contornos mais graves e, logo, não são notícia. Todo este trabalho passa despercebido”, disse ainda.
O suspeito de balear mortalmente na sexta-feira um segurança de uma discoteca de Lisboa vai ser hoje presente a um juiz para aplicação de medidas de coação.
O jovem, de 17 anos, que se entregou no sábado nas instalações da Polícia Judiciária, em Lisboa, vai ser ouvido por um juiz no Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa, no Campus da Justiça.
No sábado, a Câmara Municipal de Lisboa anunciou que vai restringir o horário da discoteca Barrio Latino, depois de um pedido da PSP e de ter constatado que aquele estabelecimento “tem em curso várias contraordenações de autos de notícias elaborados após fiscalização da Polícia Municipal”.
Também no sábado, o ministro da Administração Interna assegurou que o Governo está a trabalhar com a Câmara de Lisboa e as forças de segurança, de forma “concertada”, no caso da discoteca Barrio Latino.
Em novembro, o Ministério da Administração Interna (MAI) mandou encerrar a discoteca Urban Beach, situada próximo da Barrio Latino.
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