O líder do PS, António Costa, estará ausente desta reunião por se encontrar até quarta-feira na cimeira do clima em Paris – iniciativa do Presidente da República de França, Emmanuel Macron, do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, e do Banco Mundial.
Em cima da mesa, na reunião de hoje, estará uma proposta para a Comissão Nacional do PS – o órgão máximo partidário – ratificar as datas de 01, 02 e 03 de junho de 2018 para a realização do próximo congresso nacional dos socialistas, assim como a questão dos militantes que se candidataram em outras listas nas últimas eleições autárquicas.
Em declarações à agência Lusa, o membro do Secretariado Nacional do PS José Manuel Mesquita referiu que a direção apresenta uma proposta para que a Comissão Permanente dos socialistas tenha poderes para deliberar a “suspensão preventiva destes militantes que se candidataram contra listas do partido” em outubro passado.
“A Comissão Permanente do PS pode depois proceder à deliberação de suspensão preventiva desde que esses militantes sejam primeiro ouvidos e desde que os seus nomes constem objetivamente dos editais como tendo feito parte de listas adversárias. A deliberação de suspensão preventiva tem de ser a seguir ainda ratificada pela Comissão de Nacional de Jurisdição do PS”, frisou José Manuel Mesquita.
José Manuel Mesquita disse também que a questão da suspensão preventiva destes militantes se coloca com relativa urgência por estarem marcadas para os dias 18 e 19 de janeiro eleições nas concelhias do PS.
“Seria contra a unidade interna do partido se estes militantes, que se candidataram em outras listas contra o PS, participassem e fossem eventualmente eleitos nas próximas eleições concelhias, como se nada antes se tivesse passado”, alegou o membro da direção nacional do PS.
Daniel Adrião, da minoria interna dos socialistas e membro da Comissão Política do PS, está contra esta atuação da direção, defendendo antes que o seu partido seja “magnânimo” em relação a este conjunto de militantes.
“É certo que esses militantes não respeitaram os estatutos, mas a direção nacional também não os cumpriu quando avocou processos autárquicos e desrespeitou resultados eleitorais de comissões políticas concelhias em todo o país”, argumentou Daniel Adrião em declarações à agência Lusa.
Daniel Adrião manifestou também estranheza que a reunião de hoje da Comissão Política do PS tenha sido marcada para uma data em que se sabia que António Costa estaria ausente do país em funções como primeiro-ministro.
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