Estas posições foram transmitidas à agência Lusa pelo dirigente socialista e coordenador do PS na Comissão Parlamentar de Defesa Nacional, José Miguel Medeiros, após ser confrontado com a possibilidade de Portugal regressar a prazo ao modelo de serviço militar obrigatório.
"Regressar ao anterior modelo de serviço militar obrigatório está fora de causa, quer por problemas logísticos [integrar todos os anos cerca de 50 mil jovens nas Forças Armadas], quer por motivos financeiros. Reconhecemos problemas no presente ao nível do recrutamento, mas o PS entende que o atual modelo de serviço militar voluntário e profissionalizado tem margem para ser aperfeiçoado", afirmou o deputado socialista.
José Miguel Medeiros admitiu que, no âmbito da Comissão Parlamentar de Defesa Nacional, têm existido conversas entre os deputados dos diferentes partidos sobre as insuficiências do atual modelo, "mas é completamente ilegítimo concluir-se que está a caminho um acordo PS/PSD".
"O PS está aberto à discussão de outros modelos, mas nunca numa perspetiva de regresso ao passado. Pessoalmente, tenho boa ideia sobre o modelo francês, em que há um serviço nacional para a juventude, num período limitado, tanto nas Forças Armadas, como em serviços de proteção civil. No modelo em vigor, em Portugal, na minha opinião, pode fazer-se uma pedagogia mais apurada ao nível do recrutamento junto dos jovens", sustentou o dirigente socialista.
José Miguel Medeiros considerou ainda "um disparate" que se associe um regresso ao serviço militar obrigatório à luta contra o terrorismo.
"O terrorismo não se combate com um aumento das forças convencionais", justificou.
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