O político populista de esquerda, que participa segunda-feira numa cimeira em Paris para abordar a situação na Ucrânia, criticou a União Europeia (UE), da qual o seu país é membro, por dar à Ucrânia “apoio militar e económico ilimitado”, e advertiu que “a estratégia contra a Rússia falhou”.
O primeiro-ministro eslovaco afirmou que o Ocidente não se apercebe que “dentro de um ano ou dois” estará na mesma situação.
Robert Fico governa com o seu partido Smer e outra formação que também se define como social-democrata, A Voz (Hlas), ambos suspensos do Partido dos Socialistas Europeus por se aliarem ao SNS, de extrema-direita.
Depois de formar um governo no outono passado, suspendeu a ajuda militar anteriormente substancial da Eslováquia à Ucrânia, embora tenha continuado a enviar assistência humanitária.
No sábado, no segundo aniversário da invasão russa, Fico chegou a afirmar que a estratégia do Ocidente é “destruir a Rússia” e, apesar de reconhecer que a invasão viola o direito internacional, solidarizou-se com o Kremlin (presidência russa).
O primeiro-ministro insistiu que vetaria a adesão da Ucrânia à NATO porque acredita que isso levaria à eclosão de uma guerra mundial.
Também o primeiro-ministro António Costa vai participar na segunda-feira, em Paris, na reunião de alto nível para apoio à Ucrânia que foi convocada pelo Presidente de França, numa altura em que o conflito na Ucrânia entrou no terceiro ano.
De acordo com uma nota do gabinete de António Costa, o primeiro-ministro português foi convidado por Emmanuel Macron para participar nesta reunião de apoio a Kiev, que juntará vários chefes de Estado e de Governo no Palácio do Eliseu.
A reunião de Paris, segundo fonte do Eliseu (presidência francesa) citada pela agência EFE, “permitirá estudar os meios disponíveis para reforçar a cooperação entre os parceiros no apoio à Ucrânia”.
Nos últimos dias, vários Governos europeus insistiram na necessidade de coordenar melhor o fornecimento de equipamento militar à Ucrânia.
Em 01 de fevereiro, os líderes da UE chegaram a um acordo sobre apoio financeiro de 50 mil milhões de euros à Ucrânia.
Porém, este acordo que foi alcançado numa reunião extraordinária dos chefes de Governo e de Estado da UE chegou a estar em causa nos últimos meses por causa do bloqueio da Hungria.
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