“Senhor deputado Rui Rocha, sim, considero que a senhora secretária de Estado da Mobilidade agiu com os princípios éticos que se deviam aplicar ao caso”, afirmou Luís Montenegro, em resposta ao deputado e presidente da Iniciativa Liberal (IL), na Assembleia da República.
Durante o debate quinzenal com o primeiro-ministro, Rui Rocha quis saber que “avaliação ética” o chefe do Governo faz da decisão de Cristina Pinto Dias de receber uma indemnização de 80 mil euros ao sair da CP — Comboios de Portugal, em 2015, para assumir funções de administradora na Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT).
Na resposta, Luís Montenegro argumentou que “a senhora secretária de Estado não obteve nenhuma, mas nenhuma vantagem diferente daquelas que vigoravam à época para todos os seus colegas na empresa em causa”.
O primeiro-ministro referiu que “a senhora secretária de Estado abdicou, para ir exercer funções no regulador, de qualquer vínculo a alguma entidade que tivesse de resto alguma relação com as funções de regulação” e “abdicou do seu direito a regressar ao seu local de trabalho com correspondente manutenção das suas condições laborais”.
“O que quer dizer que a senhora secretária de Estado aconteceu-lhe a ela o que aconteceria e aconteceu a qualquer funcionário daquela empresa naquelas circunstâncias. Sinceramente, querer correlacionar com outros que estiveram em apreciação recente ou ver nisto algum comportamento com falta de ética não é a minha opinião. Assumo-a na íntegra”, afirmou.
“Não tenho nenhuma dúvida daquilo que estou a dizer”, acrescentou Luís Montenegro.
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