O primeiro Fórum dos Cidadãos reuniu, a 07 e 08 de janeiro, em Lisboa, 15 pessoas representativas da sociedade que tinham como objetivo debater propostas para melhorar a comunicação entre cidadãos e políticos, tendo como "missão revigorar a democracia portuguesa".
Este grupo de cidadãos entregou formalmente no Palácio de Belém, em Lisboa, recomendações concretas ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, resultantes do primeiro encontro do fórum subordinado ao tema "Como Fazer-nos Ouvir?".
Entre as propostas, às quais a agência Lusa teve acesso, está a criação da plataforma online "Eu Conto" através da qual se faria a "divulgação de projetos de lei e avaliação das propostas em discussão na Assembleia da República".
Esta plataforma, de acordo com o texto, "permitiria aos cidadãos expressar interesse (ou preocupação) por uma proposta" e, para aquelas que reunissem um volume substancial de expressões de interesse, seria constituído um "Conselho de Cidadãos".
Este órgão seria composto por 20 pessoas - entre especialistas, interessados e cidadãos escolhidos aleatoriamente - "cujo parecer seria apresentado publicamente antes da votação do respetivo diploma".
A implementação de um "verificador" é outra das principais ideias do fórum, que sugere esta "plataforma onde os cidadãos poderiam acompanhar a evolução dos programas governamentais, esclarecer dúvidas e verificar a aplicabilidade e seriedade das promessas eleitorais" e que operaria "no âmbito de uma fundação ou uma organização não-governamental nos moldes do Fórum dos Cidadãos".
A última das recomendações intitula-se "Educar para a Cidadania", um programa de "promoção de valores democráticos e de colaboração, através da implementação de exercícios de votação e participação desde o ensino pré-escolar", que ao longo do percurso escolar iam tornando-se exercícios mais complexos.
De acordo com o relatório preliminar, o objetivo deste fórum passa por levar “a voz dos cidadãos, informada e refletida, aos centros de decisão, providenciando uma alternativa às correntes populistas que grassam pela Europa e pelo Mundo".
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