Lopez Obrador disse que a iniciativa apresentada na semana passada por um senador do seu partido Morena (esquerda), é algo que “não deve ser tocado” e “foi resolvido há mais de um século e meio”.
A proposta permitiria aos grupos religiosos um maior acesso a todos os tipos de media, incluindo TV, rádio e jornais, aliviar os regulamentos sobre as propriedades de organizações religiosas e permitir “objeções conscientes” à lei em bases religiosas.
O documento permitira também que as autoridades eclesiásticas fizessem trabalho espiritual em instalações governamentais, tais como hospitais, centros de reabilitação e até mesmo instalações militares.
O Estado mexicano mantém há muitos anos uma relação difícil com a Igreja Católica Romana.
As reformas do século XIX promovidas por Benito Juárez, referência política de Lopez Obrador, levaram a ações contra a igreja católica no país, provocando uma guerra civil conhecida como a “Cristiada”.
Muitas das leis anticlericais mais duras foram flexibilizadas nos tempos modernos, particularmente por ocasião da visita do Papa João Paulo II em 1979, mas a separação da Igreja e do Estado permanece firmemente enraizada como um conceito político central.
“Eu não penso que modificar este princípio” e a “maioria dos mexicanos concorda que o Estado leigo deve prevalecer, que a Constituição estabelece”, disse o chefe de estado.
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