“Pedi hoje aos chefes dos Estados da Organização do Tratado de Segurança Coletiva (OTSC) para ajudarem o Cazaquistão a vencer a ameaça terrorista”, declarou na televisão estatal, acrescentando que “gangues terroristas” que “receberam treino intensivo no estrangeiro” estão à frente dos protestos.
O Cazaquistão é desde 02 de janeiro palco de protestos em várias cidades, que foram ganhando intensidade até se transformarem em violentos distúrbios que culminaram hoje na ocupação de vários edifícios governamentais e do aeroporto da cidade de Almaty e em mais de 500 feridos.
A contestação popular foi desencadeada pelo aumento dos preços do gás liquefeito, um dos combustíveis mais utilizados nos transportes do país, de 60 tengues por litro (0,12 euros) para o dobro, 120 tengues (0,24 euros).
Pelo menos oito membros da polícia e do exército foram mortos nos motins que abalam o Cazaquistão há vários dias, indicou o Ministério do Interior, citado pela imprensa local.
Segundo a mesma fonte, 317 membros da polícia e da Guarda Nacional foram feridos “pela multidão em fúria”.
O chefe de Estado decretou hoje o estado de emergência em todo o território do país, depois de anteriormente o ter decretado apenas nas principais cidades onde decorrem os tumultos — a atual capital, Nursultan, e a antiga, Almaty – e alertou de que tomará medidas severas contra os manifestantes violentos, após assumir a presidência do Conselho de Segurança do país.
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