Sissoco Embaló disse à Lusa, no passado dia 10, que esta sua visita de Estado a Lisboa, cujo programa oficial se iniciará na terça-feira, “é um bom sinal”, já que “demonstra, de facto a aproximação entre Portugal e a Guiné-Bissau”.
“Desde que eu estou na presidência, a nossa relação com Portugal nunca baixou”, declarou, então, à margem de uma reunião com as chefias militares no Palácio Presidencial, em Bissau.
Sissoco Embaló recordou que, no próximo mês, estarão na capital guineense o Presidente e o primeiro-ministro portugueses, Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa, respetivamente, como convidados para as comemorações oficiais dos 50 anos da independência da Guiné-Bissau, marcadas para 16 de novembro.
No domingo, o movimento Firkidja di Púbis, que congrega ativistas, estudantes e trabalhadores guineenses em Portugal, manifestou, numa missiva dirigida ao Presidente da República, ao presidente da Assembleia da República e ao primeiro-ministro portugueses, a sua “profunda indignação perante o apoio que o Estado português tem prestado a Umaro Sissoco Embaló”.
Os autores afirmaram que “os trabalhadores, estudantes e o povo guineense estão atentos e repudiam” a “cumplicidade” do Presidente da República e primeiro-ministro portugueses “com o líder de um projeto político absolutista e antidemocrático, na concretização da sua agenda populista, que intitula de ´diplomacia agressiva`, visando unicamente distrair os guineenses e os parceiros internacionais" da Guiné-Bissau "dos seus intentos de inviabilização de um quadro governativo estável e democrático”.
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