"Essa ideia um pouco paroquiana de que o metro é só para circular em Lisboa não corresponde às necessidades de uma grande Área Metropolitana e estou certo de que essa não será a decisão que os municípios, a Área Metropolitana de Lisboa e o Governo acabarão por tomar em relação ao desenvolvimento da expansão do metro", afirmou à agência Lusa o autarca, eleito pela CDU.
Na terça-feira, o presidente do conselho de administração do Metropolitano de Lisboa, Vítor Domingues dos Santos, afirmou no parlamento que o metropolitano "não pode ser uma espécie de intercidades" e que para os concelhos limítrofes de Lisboa, como é o caso de Loures, deverá ser encontrada uma solução junto de outros operadores de transporte.
"Não temos nenhum sinal do Governo que vá nesse sentido e não há outra decisão racional que não seja a expansão da rede do metro para a cidade de Loures. É por isso que nos iremos bater", sublinhou o autarca comunista.
O Governo anunciou em maio do ano passado que o Metropolitano de Lisboa irá ter mais duas estações até 2022 - Estrela e Santos -, estando previstas também estações nas Amoreiras e em Campo de Ourique, embora nestes dois casos sem uma data prevista de conclusão.
De acordo com o plano de desenvolvimento operacional da rede, apresentado em conferência de imprensa, em Lisboa, está prevista uma ligação da estação do Rato (atual Linha Amarela) ao Cais do Sodré (Linha Verde), com duas novas estações na Estrela e em Santos.
Contudo, o atual traçado da Linha Amarela, que liga as estações de Odivelas ao Rato, irá, segundo o novo plano, sofrer alterações de percurso e passará a integrar também a estação de Telheiras (Linha Verde).
Assim, segundo o novo plano, a Linha Amarela passará a ligar Odivelas a Telheiras (com desvio no Campo Grande) e as restantes atuais estações que fazem parte desta linha (Cidade Universitária-Rato) passarão a fazer parte da Verde, que irá assumir um trajeto circular.
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