Fotografias enviadas à Lusa mostram os polícias concentrados às portas das esquadras e divisões da Polícia de Segurança Pública em várias zonas do país, estando muitos deles fardados.
Alguns desses locais são: Lisboa, Porto, Matosinhos, Vila Nova de Gaia, Braga, Guimarães, Castelo Branco, Espinho, Gondomar, Olhão, Tavira.
Além de polícias da PSP, há também militares da Guarda Nacional Republicana fardados e concentrados junto aos postos da GNR.
O presidente do Sindicato Nacional de Polícia (Sinapol), Armando Ferreira, disse à Lusa que a concentração coincidiu com a mudança de turno dos polícias.
Também o presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP), Paulo Santos, confirmou à Lusa as várias concentrações pelo país, sublinhando que foram espontâneas e contaram com a adesão de militares da GNR, que se juntaram em frente aos postos da Guarda.
Durante a hora de almoço de hoje, também várias dezenas de polícias, muitos deles fardados, concentraram-se de forma espontânea junto à Direção Nacional da PSP e ao Comando Metropolitano de Lisboa (Cometlis), em solidariedade com os protestos por melhores condições salariais e de trabalho.
Pelo quarto dia consecutivo, os polícias da PSP voltam hoje a concentrar-se em frente ao parlamento, numa iniciativa que começou com um agente da PSP em frente à Assembleia da República, em Lisboa, e está a mobilizar cada vez mais elementos da PSP, bem como da GNR e da guarda prisional.
O protesto foi também concretizado com a paragem de vários carros de patrulha da PSP, principalmente no Comando Metropolitano de Lisboa (Cometlis), alegando os polícias que estavam inoperacionais e com várias avarias.
A contestação dos elementos da PSP e da GNR teve início após o Governo ter aprovado em 29 de novembro o pagamento de um suplemento de missão para as carreiras da PJ, que, em alguns casos, pode representar um aumento de quase 700 euros por mês.
Estes protestos surgiram de forma espontânea e não foram organizados por qualquer sindicato, apesar de existir uma plataforma, composta por sete sindicatos da PSP e quatro associações da Guarda Nacional Republicana, criada para exigir a revisão dos suplementos remuneratórios nas forças de segurança.
Esta plataforma decidiu cortar totalmente as relações com o Ministério da Administração Interna.
Os protestos dos polícias estão a ser organizados através das redes sociais, como Facebook e Telegram.
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