A Polícia Metropolitana disse ter concluído a operação Hillman referente a oito eventos em datas diferentes entre 20 de maio de 2020 e 16 de abril de 2021, durante a qual examinou 345 documentos, 510 fotos e imagens de videovigilância e emitiu 204 questionários.
Das 126 multas, 53 foram aplicadas a homens e 73 a mulheres e algumas das pessoas receberam mais do que uma multa, disse a polícia em comunicado, mas Downing Street indicou que Johnson, que já tinha sido punido com uma coima, não foi um deles.
O primeiro-ministro, a esposa, Carrie, e o ministro das Finanças, Rishi Sunak, foram multados por terem participado numa festa de aniversário surpresa a Boris Johnson a 19 de junho de 2020, quando o país ainda estava sob confinamento.
O chamado “partygate” causou uma onda de indignação entre os britânicos, impedidos de se encontrar com amigos e familiares durante meses em 2020 e 2021 para conter a propagação da covid-19.
Boris Johnson pediu desculpas no Parlamento, mas rejeitou demitir-se, apesar dos repetidos apelos da oposição para fazê-lo.
O líder conservador disse que “não lhe ocorreu então ou depois” que a participação na breve reunião do aniversário “poderia constituir uma violação das regras” então em vigor.
O fim da investigação policial permitirá agora a publicação por inteiro de um relatório interno sobre o assunto, que nos resultados preliminares encontrou “erros de liderança e julgamento”, e o início de um inquérito parlamentar para determinar se Boris Johnson mentiu aos deputados sobre o sucedido.
O código ministerial prevê que um ministro que tenha deliberadamente enganado o Parlamento deve demitir-se.
Segundo os liberais democratas, a investigação policial confirma que a residência oficial do primeiro-ministro “foi multada mais vezes por violar as leis da covid do que qualquer outra morada no país”, refletindo “um nível chocante de criminalidade”, criticou o líder do partido Liberal Democrata, Ed Davey.
A polícia disse que usou como critérios a existência de evidências de que os envolvidos sabiam ou deveriam saber que o que estavam fazendo era ilegal ou a falta de defesa razoável.
No total, a operação custou 460.000 libras (543.000 euros).
“A nossa investigação foi completa e imparcial e foi concluída o mais rápido possível, dada a quantidade de informações que precisavam ser revistas e a importância de garantir que tínhamos evidências fortes” para as multas, disse a vice-comissária Helen Ball.
Comentários