Segundo um comunicado divulgado pela polícia federal brasileira, a operação chamada Brabo foi realizada nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e Distrito Federal, com a participação de 820 agentes federais que seguiram 190 mandados de apreensão, 120 prisões preventivas e sete detenções temporárias.
O grupo tinha sede na cidade de São Paulo e usava o porto de Santos (localizado no litoral de São Paulo) como ponto de partida para a droga.
A polícia brasileira informou que a investigação começou em agosto de 2016, como resultado de uma cooperação com a Agência de Tráfico de Drogas dos Estados Unidos (DEA) após cinco apreensões de cocaína, três no porto de Santos e duas na Rússia em embarques oriundos do porto de Santos.
“Por suas características, levantou-se a suspeita de que um mesmo grupo tivesse sido responsável por todas as remessas, que totalizaram mais de duas toneladas de [droga]”, afirmou o comunicado da polícia brasileira.
De acordo com a nota, “diferentes grupos organizados e especializados, atuantes no Brasil e na Europa, associavam-se entre si conforme as necessidades que tinham em cada negócio ilícito que pretendiam realizar. A cocaína pura vinha dos países produtores para ser guardada em diversos locais na cidade de São Paulo e ser enviada para a Europa por via marítima”.
O grupo contava com a cumplicidade dos trabalhadores do porto de Santos para embarcar a droga. Eles permitiam que os veículos entrassem com as drogas durante a noite e que os selos dos recipientes fossem quebrados para esconder as sustâncias ilícitas.
Desde agosto do ano passado, a Polícia Federal brasileira realizou 14 apreensões de cocaína nos portos de Santos, Salvador (na região Nordeste) e Itajaí (na região sul) destinados a outros continentes.
Também alertou as autoridades sobre embarques que passaram por mar para a Bélgica, Inglaterra, Itália e Espanha com cocaína pura escondida nos contentores.
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