Sánchez reagia, numa conferência de imprensa em Madrid, ao discurso de Natal proferido na terça-feira pelo presidente do governo autonómico da Catalunha, o independentista Pere Aragonés.
Na mensagem, Aragonés salientou que 2024 deverá ser o ano que marque o início da “segunda fase do processo de negociação com o Estado” para que a Catalunha realize um referendo sobre a independência.
“Conhecemos as propostas do movimento independentista. Não há nada de novo”, reagiu Sánchez.
O líder do Governo defendeu a necessidade de se “abrir uma nova fase diálogo e de normalização da situação política na Catalunha”.
A nova fase “passa por medidas legislativas, como a lei da amnistia, e também por encontrar um ponto de encontro entre essas propostas maximalistas do movimento independentista”, afirmou, citado pela agência espanhola EFE.
O Congresso dos Deputados está atualmente a processar uma proposta socialista de lei de amnistia para os crimes cometidos pelos soberanistas catalães durante o processo de independência ilegal de 2017.
Tal como fez na semana passada quando se reuniu com Aragonés em Barcelona, Sánchez insistiu hoje na recusa do referendo de autodeterminação.
Disse que tal referendo “logicamente não é partilhado nem aceite pelo Governo de Espanha nem pelas forças que apoiam o governo de coligação” de esquerda, formado pelo PSOE, que lidera, e Somar.
O chefe do Executivo voltou a propor ao governo autónomo catalão e às restantes regiões espanholas uma reforma do sistema de financiamento.
“Vamos falar com a Catalunha e com todas as comunidades autónomas”, prometeu, sem comentar a proposta de Aragonés de que a Catalunha deve ter um modelo de financiamento único para acabar com o défice fiscal.
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