Num comunicado enviado hoje à agência Lusa, os presidentes dos municípios representados na CIMRL exigem também "total transparência no processo de atribuição das ajudas recebidas, face à extraordinária generosidade demonstrada pelos portugueses perante este acontecimento trágico", que provocou 64 mortos e mais de 200 feridos.
"Entendem os autarcas da CIMRL que devem as verbas angariadas ser distribuídas pelas populações afetadas de forma coordenada e com a garantia de que todos os preceitos legais serão escrupulosamente cumpridos", lê-se na posição conjunta do conselho intermunicipal da CIMRL, que reuniu na quarta-feira, em Figueiró dos Vinhos.
A CIMRL entende ainda que "deve ser explicado aos portugueses como funciona a recolha e gestão dos donativos, para que não existam sobre este processo quaisquer dúvidas ou más interpretações acerca das verbas angariadas".
A Comunidade Intermunicipal sublinha ainda que as ações desenvolvidas no terreno, seja por entidades públicas, seja por entidades privadas ou do setor social, devem sempre ser articuladas com os autarcas dos municípios de Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos e Pedrógão Grande, os três concelhos mais afetados pelo incêndio que deflagrou em Pedrógão Grande e que causou a morte a pelo menos 64 pessoas.
Desse modo, defende a CIMRL, a articulação permite "otimizar no terreno as operações de recuperação de habitações e ajuda às pessoas, garantindo assim uma maior proximidade de atuação e evitando redundâncias e duplicações que prejudicam a eficácia na atribuição dos apoios às populações atingidas".
A posição conjunta do conselho intermunicipal da CIMRL surge após o presidente da Câmara de Pedrógão Grande, Valdemar Alves, lançar dúvidas sobre contas bancárias solidárias, referindo, em declarações à RTP, não saber o destino do dinheiro depositado.
O autarca exortou ainda o Ministério Público a abrir uma investigação às contas bancárias que foram abertas para receber donativos.
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