Pedro Nuno Santos falava no encerramento de uma sessão de apresentação do manifesto eleitoral da Juventude Socialista (JS) para as legislativas de 10 de março, que se realizou no Bairro Alto, em Lisboa.
Em relação ao IRS Jovem, o secretário-geral do PS considerou que essa medida tomada pelos executivos de António Costa tem efeitos positivos para incentivar o regresso a Portugal de jovens que emigraram, mas assumiu que “não é perfeita”.
“Queremos que o IRS Jovem não seja apenas para licenciados mas para todos os jovens”, declarou, recebendo uma prolongada salva de palmas dos membros e simpatizantes da JS.
Antes, o líder socialista tinha falado sobre a situação de muitos estudantes universitários, assinalando que “é muito importante que nenhum jovem deixe de estudar na faculdade para a qual conseguiu entrar e para o curso que sempre desejou porque não tem capacidade financeira”.
“Fizemos um caminho tremendo nos últimos anos, mas continuamos com essa dificuldade. E a principal razão é o alojamento”, apontou o secretário-geral do PS.
O ex-ministro da pasta da Habitação referiu que se tem assistido nos últimos anos a um aumento do esforço para a construção de residência universitárias, embora o país “esteja ainda muito longe de atingir a meta” nesta matéria.
“Podemos fazer mais, apoiando não apenas os bolseiros no acesso ao alojamento, mas também jovens não bolseiros, de rendimentos acima dos mais carenciados”, declarou.
Hoje, de acordo com Pedro Nuno Santos, a dificuldade no acesso ao alojamento “já não é só dos jovens mais carenciados”.
“Os jovens das famílias da classe média enfrentam também muitas dificuldades no acesso ao alojamento estudantil. Queremos construir em pormenor essa medida convosco”, disse, dirigindo-se aos militantes da JS.
Em relação à saúde mental, outra das reivindicações constantes no manifesto da JS, o secretário-geral do PS disse concordar com as propostas dos jovens socialistas nesse domínio. Defendeu que deve ser concretizado um programa no sentido de reforçar as equipas de psicólogos em universidades, em agrupamentos escolares e nos centros de saúde.
“Essa tem de ser uma grande missão”, completou.
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