![Pedro Nuno diz que caso Montenegro é](/assets/img/blank.png)
Em declarações aos jornalistas em Braga, durante uma visita à construtora dst, Pedro Nuno Santos sublinhou que o primeiro-ministro deve estar disponível “para ser confrontado” pelos jornalistas.
“Continuo a dizer que quanto mais depressa o senhor primeiro-ministro estiver disponível para ser confrontado com os jornalistas melhor, porque a verdade é que todos os dias se adensam novas críticas, novas suspeitas, novas dúvidas”, referiu.
Para o secretário-geral do PS, “é muito importante” que Luís Montenegro “dê esclarecimentos, e não é só esclarecimentos escritos, a perguntas escritas, mas sim a jornalistas que lhes vão fazer várias perguntas, que acho que devem ser feitas e devem ser respondidas”.
“Acreditamos que há boas explicações, elas têm de ser dadas, e têm de ser dadas o quanto antes”, frisou, apelando a Montenegro para que não espere mais para falar sobre um caso “que é muito semelhante ao do seu secretário de Estado que acabou por sair do Governo” Hernâni Dias.
Para Pedro Nuno, “não é bom para a nossa democracia, para a transparência, para a confiança nas instituições, que os políticos decidam evitar as jornalistas para não serem confrontados com perguntas desagradáveis”.
Sublinhou que é do interesse de todos, incluindo de Montenegro, “travar qualquer especulação sobre os serviços prestados pela empresa, quem é que prestou, por quem, quem é que trabalha na empresa”.
Sobre a anunciada moção de censura do Chega ao Governo, o líder socialista reiterou que o objetivo é apenas “desviar a atenção dos seus problemas internos” e que o PS votará contra, porque não acompanha as iniciativas do partido de André Ventura.
O Correio da Manhã noticiou no sábado que a mulher e os dois filhos do primeiro-ministro têm uma empresa de compra e venda de imóveis, de que Luís Montenegro foi fundador e gerente. E uma vez que casou com comunhão de adquiridos, segundo o jornal, o primeiro-ministro poderia beneficiar dos proveitos.
No próprio dia de sábado, porém, o primeiro-ministro classificou como “absurda e injustificada” a sugestão de que poderá existir um conflito de interesses pela possibilidade de a empresa da sua família poder beneficiar da revisão da lei dos solos aprovada recentemente pelo Governo.
Luís Montenegro adiantou então que, do vasto objeto social dessa empresa, apenas teve execução a prestação de consultoria no âmbito da proteção de dados pessoais.
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