"Há perturbações, com certeza que sim, não vale a pena dizer que não, temo-las na linha do Oeste, temo-las aqui na linha do Algarve, ou temos na linha do Norte, por razões diferentes", reconheceu Pedro Marques, em Olhão, no âmbito de uma visita à região para assinalar a conclusão de um conjunto de obras de emergência realizadas na Estrada Nacional (EN) 125.
Questionado pelos jornalistas sobre a supressão de comboios, Pedro Marques esclareceu que, apesar de ainda não estar em vigor a prevista alteração de horários nos comboios na Linha de Cascais, as condições normais de circulação serão repostas no início de setembro.
"Ainda não tendo feita essa alteração relativa ao período estival, posso garantir que no início de setembro já estarão novamente operacionais esses horários que nós queríamos que continuassem", frisou o ministro do Planeamento e das Infraestruturas.
O governante explicou que as perturbações nas linhas que ainda estão a funcionar a diesel estão relacionadas com o desgaste do material circulante, estando previsto o aluguer de mais material circulante a diesel e, no futuro, a aquisição de material bimodo, que serve tanto para as linhas eletrificadas como para as linhas a diesel.
"Estamos a fazer do lado das infraestruturas aquilo que podemos fazer com fundos comunitários e estamos a fazer com recurso ao Orçamento do Estado o que se pode fazer do lado da CP", referiu.
Contudo, segundo Pedro Marques, não é possível "resolver de um dia para o outro, ou de um ano para o outro, décadas de abandono, nomeadamente na aquisição de material circulante".
Durante a visita de hoje à tarde ao Algarve, o ministro esteve ainda na Ponte Internacional do Guadiana, onde decorrem obras de requalificação.
O vice-presidente do CDS-PP Nuno Melo acusou hoje o Governo de “desbaratar dinheiro a pensar já nas próximas eleições” e de deixar degradar “serviços essenciais” como o do setor dos transportes.
As acusações do também cabeça de lista do CDS-PP às próximas eleições europeias foram feitas esta manhã durante uma viagem de comboio entre Cascais e Lisboa, realizada para “alertar para os problemas da ferrovia em Portugal, nomeadamente o envelhecimento do material circulante e o aumento das supressões de composições.
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