No final da visita à Herdade do Vale da Rosa, em que esteve acompanhado pelo ministro da Agricultura, Capoulas Santos, Pedro Marques foi confrontado com o facto de estar já concluído esse troço da autoestrada (para ligação à A2 entre Lisboa e o Algarve), mas que ainda não se encontra aberto ao trânsito por causa de um diferendo em torno dos terrenos da praça da portagem.
Uma questão que Pedro Marques, enquanto ex-ministro das Infraestruturas do Governo de António Costa, reconheceu conhecê-la “bem”, relacionando-a genericamente com um problema resultante da “concessão a privados”.
“Foi uma daquelas estradas que ficou a meio da ponte entre estar numa concessão e a concessionária não conseguir de facto concluir essas obras. Tenho a expectativa de que, mais cedo do que mais tarde, esses problemas legais possam ser resolvidos”, respondeu.
Pedro Marques observou depois que já não é membro do Governo – o novo titular da pasta é Pedro Nuno Santos -, mas afirmou “partilhar a expectativa dos habitantes do Baixo Alentejo em relação à disponibilização dessa infraestrutura”.
“É uma situação legal muito complexa”, comentou o “número um” da lista europeia do PS, depois de questionado se essa situação de a autoestrada estar construída, mas fechada ao trânsito, poder até ser encarada como anedótica.
“De facto, é uma situação muito difícil de explicar às pessoas, que tem a ver com a ideia de travar a execução das concessões rodoviárias em determinado momento – e houve estradas que ficaram no meio da ponte. Neste caso, a concessionária não foi capaz de concluir aquilo que eram as obras que estavam sob sua obrigação, tudo tendo ficado num limbo jurídico que tem de ser ultrapassado”, justificou o ex-ministro socialista.
Pedro Marques reforçou, no entanto, que a sua convicção é que a questão legal “será solucionada por quem tem competências executivas”.
“De facto, essa não é a minha função agora”, acrescentou.
A ouvir estas declarações de Pedro Marques estava o antigo deputado socialista e atual presidente da Câmara de Ferreira do Alentejo, Luís Pita Ameixa.
“Este é um caso que deixa as pessoas desta zona muito descontentes”, advertiu em declarações à agência Lusa.
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