“As apreciações feitas pelas agências de notação, como a Fitch, relativas a Portugal, não são critério rigoroso de avaliação. Aparecem como algo de supremo, que determina a nossa vida coletiva, mas não decidem nada, e quem pode decidir continua a ser o povo e não essas agências”, afirmou Jerónimo de Sousa, durante um almoço de Natal com centena e meia de militantes de Arruda dos Vinhos, Azambuja e Alenquer, no distrito de Lisboa.
Para o líder comunista, “se a situação económica e social do país melhorou, se há crescimento económico, mais emprego, melhores condições de vida, é porque se contrariaram as políticas defendidas por essa e outras agências de 'rating', porque, em vez de cortes e empobrecimento, se adotou uma política de defesa, reposição e conquista de direitos”, sublinhando que “esse é o caminho".
O secretário-geral do PCP afirmou que é preciso uma “rutura” com a política de direita, aquela que, defendeu, “durante quatro anos arrasou o país”.
“O que a vida está a mostrar é que, de facto, esse era o caminho para o desastre e que o caminho mais sólido é repor, defender e conquistar os direitos dos trabalhadores e não o caminho do retrocesso e da política de terra queimada que o Governo PSD/CDS-PP apresentou ao país”, sustentou.
Para demonstrar esse “caminho diferente”, Jerónimo de Sousa lembrou o “contributo” do PCP no Orçamento do Estado (OE) para 2018, ao conseguir inscrever medidas como o aumento das reformas e do salário mínimo, a introdução de novos escalões de IRS e a eliminação da sobretaxa de IRS.
Sublinhando que o “PS não teria ido tão longe no OE se não fosse a relação de forças existente na Assembleia da República”, com PCP e Bloco de Esquerda a apoiar o Governo PS, Jerónimo de Sousa disse a “luta” do PCP “não está dispensada” e é necessária, motivo pelo qual a sua “força precisa de ser reforçada” no parlamento, para conseguir viabilizar as suas propostas.
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