
Em declarações aos jornalistas, Diana Ferreira e Ana Mesquita, eleitas do PCP à Assembleia da República pelo distrito do Porto, alertaram para a “carência de meios humanos” da Comissão para a Dissuasão da Toxicodependência (CDT) de Porto e para lacunas existentes no “policiamento de proximidade”.
“Há um recrudescimento do consumo e não desligamos esta realidade da extinção do Instituto da Droga e Toxicodependência, que era um fio condutor e universal das políticas nesta área”, defendeu Diana Ferreira, lamentando a “carência de meios humanos” das CDT.
Na Administração Regional de Saúde, Ana Mesquita recebeu a informação de que, relativamente à criação de uma sala de consumo assistido no Porto, o diálogo entra aquela entidade, a tutela e a Câmara do Porto “prossegue com normalidade”.
Para a deputada, para que o projeto chegue a bom porto, os seus encargos não podem ser “exclusivamente municipais”.
“Tem de haver responsabilização financeira do Estado. É uma posição de princípio, ainda que não se saibam todos os detalhes do projeto”, observou Ana Mesquita.
Joana Rodrigues, deputada na Assembleia Municipal, notou que o PCP “aceita como necessárias” as salas de consumo assistido, mas defende que “não substituem uma resposta integrada”.
A solução, defendeu, deve passar por respostas que integrem “a prevenção, o acompanhamento e a integração”.
Quanto a uma eventual criminalização dos consumos, nomeadamente junto a escolas, as deputadas do PCP referiram a qualidade da atual lei.
“Temos uma lei boa. Haja vontade política para garantir os meios humanos e materiais para trabalhar todas as suas dimensões”, observou Diana Ferreira.
Também Ana Mesquita considerou necessário “aprofundar todas as vertentes” do atual modelo legislativo.
“Precisamos de mais pessoas, mais meios e mais trabalho nas escolas”, frisou.
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