“O elemento presencial é um elemento fundamental e fiável”, defendeu Jerónimo de Sousa, a propósito da participação nas eleições legislativas de 30 de janeiro de pessoas que estejam nessa altura em isolamento profilático.
Em declarações aos jornalistas, no final de um encontro com a direção do Conselho Nacional da Juventude, o líder do PCP sublinhou que o direito ao voto “não pode ser revogado por qualquer medida administrativa”.
“Este deve ser o ponto de partida. Depois, como é que garantimos esse direito e, simultaneamente, a proteção sanitária das pessoas que vão exercer esse direito, com um esforço particular para que ele seja presencial”, continuou.
Na quarta-feira, o Presidente da República avançou que o Governo solicitou à Procuradoria-Geral da República um parecer para saber se o isolamento impede o exercício do direito de voto ou se poderá ser suspenso para esse efeito.
Admitindo que essa solução para que os eleitores possam dirigir-se às urnas no dia 30 de janeiro implica desafios logísticos, Jerónimo de Sousa considerou, no entanto, que é fundamental e, por isso, atribuiu ao Governo e à Direção-Geral da Saúde a responsabilidade de garantir as condições necessárias.
“É uma medida que exige algum esforço, algum empenhamento, mas ainda estamos a tempo de conseguir garantir essa possibilidade e de realizar as eleições com a amplitude que todos desejamos que tenham”, concluiu, apelando ao voto de todos.
O porta-voz da Comissão Nacional de Eleições também defendeu hoje que o direito ao voto por cidadãos em isolamento está “constitucionalmente garantido” e que nem o Conselho de Ministros ou qualquer autoridade sanitária podem limitá-lo.
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