“Tendo nós um conjunto significativo de portugueses que vivem em Angola, empresas que se internacionalizaram para Angola, outras que exportam para Angola, tendo nós investimentos angolanos em Portugal, a paz e a tranquilidade política em Angola é uma boa noticia para os portugueses”, considerou em declarações aos jornalistas, na sede da Distrital do PSD/Porto.
O MPLA, partido no poder, está na frente da contagem das eleições angolanas, com 64,57% dos votos, abaixo da maioria qualificada, ainda com um terço das mesas de voto por escrutinar, segundo dados provisórios divulgados hoje pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE).
Para Luís Campos Ferreira, é importante para Portugal e para os portugueses saberem que um país com quem têm “tantas relações históricas, de afinidade e de afetos” interpreta a sua vida política “de forma democrática, com naturalidade e pluralidade”.
O deputado social-democrata disse ainda esperar que o novo ciclo que se abre agora com um novo Presidente, depois de José Eduardo dos Santos ter estado no cargo 38 anos, seja um contributo e uma oportunidade para que as relações entre os dois países, “que já são excelentes”, se tornem ainda melhores.
“O presidente é novo, logo é natural que hajam diferenças, quer na personalidade, na forma de fazer política e de exercer poder. É natural que hajam diferenças com aquilo que foram os 38 anos de presidência de José Eduardo dos Santos”, frisou.
Luís Campos Ferreira, apesar de reforçar que os resultados são ainda provisórios, endereçou os parabéns ao MPLA e ao novo Presidente de Angola, João Lourenço, desejando que contribua para uma Angola “ainda mais democrática e mais forte económica e socialmente” e que imprima ao país um período de bem-estar, progresso social e qualidade de vida para os cidadãos.
O deputado do PSD destacou ainda a “normalidade e tranquilidade” com que decorreu a campanha eleitoral e as eleições.
De acordo com os totais nacionais provisórios anunciados hoje em Luanda pela porta-voz da CNE, Júlia Ferreira, com 16.692 mesas escrutinadas (65,53% do total) e 5.938.853 de votos contabilizados (63,74%) até ao momento, o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) lidera a contagem com 2.802.806 votos (64,57%).
Este resultado está para já ligeiramente abaixo do objetivo da maioria qualificada traçada pelo MPLA, partido no poder em Angola desde 1975.
Na segunda posição surge a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), com 1.043.255 votos (24,04%), e depois a Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE), com 371.724 votos (8,56%).
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