“Foi com total convicção que me filiei no Partido Socialista”, declarou hoje à agência Lusa Paulo Cafôfo, que sempre concorreu a eleições na Madeira como independente.
O atual deputado na Assembleia Legislativa da Madeira considerou que este era “um processo natural" porque já tem "alguma militância neste processo com o Partido Socialista”.
“Tendo em conta o percurso que tenho feito, desde a primeira hora que me candidatei à Câmara Municipal do Funchal como independente. Mas a ligação tem sido forte, tem sido construída ao longo dos últimos anos”, afirmou.
Questionado sobre a possibilidade de o PS/Madeira adiar o congresso regional agendando para janeiro de 2020 para que possa ser candidato à liderança, visto que os requisitos exigem seis meses de militância no partido, respondeu: “Estou disponível, se fiz uma escolha, há uma escolha que tem de ser feita pelos órgãos do partido”.
“Essa escolha é se querem que seja o próximo presidente do PS/Madeira”, enfatizou.
Paulo Cafôfo sublinhou que tem “essa disponibilidade, esse empenho e vontade” e que vai “cumprir e respeitar a vontade dos órgãos do partido, respeitando também os estatutos”.
“Ficarei a aguardar as respetivas decisões”, concluiu.
Paulo Cafôfo encabeçou a lista de candidatos do PS às regionais de 22 de setembro, nas quais o partido elegeu 19 deputados, passando a ser o maior partido da oposição na Madeira, enquanto o PSD perdeu a maioria absoluta que sempre deteve na região, assegurando 21 lugares no parlamento madeirense. O PSD optou por coligar-se com o CDS (três deputados) para formar Governo. O JPP também ocupa três lugares e o PCP/PEV tem um.
“É claro que, após as eleições regionais de 22 de setembro, eu refleti bastante sobre qual era o meu papel no PS e cheguei a uma conclusão, que este projeto que tenho liderado necessita de ser consolidado, o que passaria pela militância no PS”, argumentou.
Paulo Cafôfo salientou que fez esta escolha, “assumindo a responsabilidade” que tem, nomeadamente, de “continuar a credibilizar o PS” e "fortalecer" aquele que considera ser "o programa político mais adequado às necessidades da região, com um objetivo claro": o PS, que é “a única alternativa ao poder”, chegar ao Governo Regional.
Cafôfo sublinhou que “este é o objetivo final” pelo qual vai trabalhar no partido, “agora como filiado”.
O deputado regional também destacou um “enorme orgulho, porque esta filiação não foi feita por quaisquer pessoas, foi feita por António Costa, secretário-geral e primeiro ministro, e o Emanuel Jardim Fernandes”, presidente honorário do PS/Madeira e histórico dos socialistas madeirenses.
“Fiz esta escolha e agradeço muito o facto de terem aceitado ser meus proponentes nesta filiação”, realçou, sustentando que “foram duas pessoas certas" para o "conduzir nesta entrada no PS”.
Paulo Cafôfo reforçou que se filiou para “consolidar este projeto, para credibilizar o Partido Socialista e para que o PS possa ser poder na região” e existam “outras políticas que não estas gastas do PSD.
A aguardada filiação do independente Paulo Cafôfo no Partido Socialista foi hoje avançada pelo Diário de Notícias da Madeira.
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