O presidente francês defendeu um cessar-fogo limitado porque seria “muito difícil” fiscalizar um cessar fogo total, dada a extensão da linha de frente, que é "o equivalente à linha Paris-Budapeste".

Defendeu também que o envio de tropas europeias para a Ucrânia só deve ocorrer mais tarde, quando as duas partes negociassem os detalhes do acordo.

Antes da cimeira de hoje em Londres sobre a Ucrânia e a segurança europeia, o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, tinha anunciado que Paris e Londres estavam a trabalhar num “plano” para pôr fim ao conflito entre russos e ucranianos, que já completou três anos.

A vantagem de uma trégua é que “sabemos como medi-la”, apesar de a frente ser imensa, “o equivalente à linha Paris-Budapeste”, afirmou o líder francês.

“Queremos paz. Mas não a queremos a qualquer preço, sem garantias”, afirmou Emmanuel Macron.

Nesta entrevista, Macron sugeriu ainda que os países da União Europeia deviam ter como objetivo gastar 3 a 3,5% do PIB em defesa para satisfazer as necessidades atuais. Neste momento, a França gasta 2,1% com defesa e comprometeu-se a dobrar esse valor até 2030.

Ou seja, Macron anceia uma percentagem muito acima da meta de 2% que está definida pela NATO.

Portugal está entre os sete países que gastam menos percentagem do Produto Interno Bruto (PIB) em Defesa, e que ainda não atingiram o objetivo de 2% em despesas com as Forças Armadas. O primeiro-ministro, Luís Montenegro, antecipou um ano, para 2029, a chegada a essa meta, escreve o Expresso.