Francisco foi recebido pelo rei Mohamed VI, que estava acompanhado pelo príncipe herdeiro Moulay Hassan, e pelo irmão do monarca, o príncipe Moulay Rachid.
O diálogo inter-religioso e uma aproximação à comunidade cristã marroquina são os temas que irão marcar a visita de Francisco a Marrocos, a convite do rei Mohamed VI.
Segundo admitem responsáveis do Vaticano, a viagem terá uma dimensão muito marcada de “diálogo entre religiões” e de “fraternidade entre as várias confissões”, incluindo ainda uma aproximação à comunidade marroquina de cristãos.
O convite partiu do rei marroquino, Mohamed VI, a quem o Comité de Cristãos Marroquinos tem reconhecido esforços para tornar o país mais tolerante, sobretudo depois de ter organizado, em 2016, a “Conferência sobre Minorias Religiosas em Países Islâmicos”.
O primeiro dos compromissos do papa consistirá numa homenagem do papa aos anteriores reis, com Francisco e Mohamed VI a depositarem flores nas campas do pai do atual rei, mas a visita seguinte será a primeira com valor verdadeiramente “político”: Mohamed VI acompanhará Francisco ao Instituto de Imãs da capital, um lugar simbólico para os líderes religiosos.
A reunião tem como objetivo uma aproximação entre os representantes de duas das maiores religiões do mundo, sendo precisamente na esplanada da mesquita Hassan que Francisco fará o seu primeiro discurso naquele país.
O discurso será feito perante autoridades marroquinas, representantes da sociedade civil e do corpo diplomático, mas também cidadãos anónimos.
Francisco pretende também visitar um grupo de imigrantes num centro social da Cáritas local, segundo informou a Santa Sé.
A visita é esperada com grande expectativa pelos cristãos marroquinos que anseiam por uma possível interferência do papa em relação aos seus direitos naquele país.
No domingo, o dia terá início com uma visita do papa ao Centro Rural de Serviços Sociais do município de Temara, no sul de Rabat, a que se seguirá uma ida à catedral da capital. Aqui Francisco terá um encontro com sacerdotes e outros religiosos e com o Conselho Ecuménico das Igrejas, altura em que acontecerá outro dos momentos-chave da visita: o Angelus, uma oração importante para os católicos e em que o papa faz, habitualmente, os principais apelos.
A viagem será concluída a seguir ao almoço com uma cerimónia de despedida no aeroporto de Rabat, de onde Francisco sairá às 17:15 locais (16:15 em Lisboa).
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