Numa nota divulgada durante a tarde, o chefe de Estado de Cabo Verde divulgou a conversa com o Papa Francisco, numa altura em que o país continua a registar seis casos de covid-19 e um óbito, encontrando-se em estado de emergência.
“Está bem de saúde, naturalmente ciente e preocupado com os efeitos devastadores da pandemia um pouco por todo o mundo, mas quis saber da situação em Cabo Verde. Dei-lhe informações sobre o nosso país, de uma forma sumária, e recebi votos de que tudo corra o melhor possível para Cabo Verde e a nossa comunidade. Pediu que orássemos por ele, pois ele ora por nós”, anunciou o Presidente cabo-verdiano.
Jorge Carlos Fonseca adiantou que, por iniciativa do Papa Francisco, houve ainda oportunidade para retomar o dossiê sobre a canonização e beatificação do “escravo Manuel” – Manuel Costa dos Rios -, que a concretizar-se será o primeiro santo cabo-verdiano.
“[É um] assunto que abordáramos já nos dois encontros que tivemos no Vaticano e que está a avançar bem”, realçou.
No século XVII, o “escravo Manuel”, como ficou conhecido — após ter sido levado da costa africana, batizado em Cabo Verde e vendido para a Argentina -, tornou-se guardião de um santuário da Virgem Maria na localidade argentina de Luján.
“Uma conversa deveras muito cordial, mas, sobretudo, encorajadora”, descreveu ainda Jorge Carlos Fonseca, sobre o telefonema com o Papa Francisco.
Na mesma nota, o chefe de Estado de Cabo Verde referiu que recebeu também hoje uma carta do Presidente da República italiana, Sergio Mattarella, em resposta à que Jorge Carlos Fonseca lhe dirigira há alguns dias, exprimindo a solidariedade cabo-verdiana em consequência da pandemia do novo coronavírus.
“Uma carta – a do Presidente Mattarella – muito sentida, afetuosa e igualmente expressando a sua simpatia e gratidão para connosco e todo o povo das ilhas”, acrescentou Jorge Carlos Fonseca.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 905 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram quase 46 mil.
Dos casos de infeção, pelo menos 176.500 são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu, com mais de 490 mil infetados e cerca de 33.000 mortos, é aquele onde se regista o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 13.155 óbitos em 110.574 mil casos confirmados até terça-feira.
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