O Ministério da Educação de Portugal ainda não concedeu uma licença especial para que quatro professores portugueses possam lecionar na Escola Portuguesa de Macau e essa decisão, de acordo com o MECI, terá a ver com a falta de professores no nosso país, escreve esta sexta-feira o jornal Plataforma, de Macau, que refere ainda que a Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola Portuguesa de Macau escreveu uma carta a Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente de Portugal, para que este tente resolver a situação.

"Em carta enviada ao presidente, a APEP destacou que, em 25 anos de existência, a Escola Portuguesa de Macau nunca enfrentou tamanha dificuldade no recrutamento de docentes em Portugal", começa por dizer o artigo.

"A mudança nas regras locais para a contratação de professores estrangeiros e a negativa do MECI para as licenças especiais dificultam ainda mais a substituição de profissionais, especialmente em disciplinas como matemática e físico-química, críticas para a preparação dos alunos para os exames nacionais", lê-se na carta, onde é criticada também a ação do governo português.

"É lamentável que o Governo Português não reconheça a Escola Portuguesa de Macau como um desígnio nacional no ensino da língua e cultura portuguesas", afirma a APEP.

"A APEP apelou à intervenção presidencial para garantir a concessão das licenças especiais, permitindo a recuperação das aulas e a normalização do ensino. A carta foi enviada também ao presidente da Assembleia da República, ao Primeiro-Ministro, ao Ministro dos Negócios Estrangeiros, a grupos parlamentares e ao Consulado Geral de Portugal em Hong Kong e Macau", diz o artigo.