O dia de hoje foi marcado pelo anúncio do resgate de quatro reféns com vida em dois locais do campo de refugiados de Nuseirat, no centro da Faixa de Gaza, conduzido pelo Exército israelita.
Os reféns resgatados são Noa Argamani, 25 anos, Almog Meir Jan, 21, Andrey Kozlov, 27, e Shlomi Ziv, 40, que tinham sido sequestrados pelo Hamas durante um festival de música a 7 de outubro de 2023.
“Eles estão em boas condições” e foram transferidos para um centro médico para exames adicionais, avançou ainda o comunicado, adiantando que a operação foi realizada pelo Exército, por agentes do Shin Bet e pela força de elite Yamam.
“Numa atividade operacional heroica, os nossos combatentes conseguiram libertar quatro reféns do cativeiro do Hamas e devolvê-los à sua casa em Israel”, salientou o ministro da Defesa, Yoav Gallant, que acompanhou a operação desde a sala de comando.
Mais tarde, as FDI (Forças de Defesa de Israel) divulgaram imagens do reencontro dos reféns com as famílias, já livres do cativeiro do grupo terrorista. As imagens de um reencontro esperado há 8 meses podem ser vistas aqui:
Entretanto, ainda no verdadeiro cenário de guerra, soube-se que aumentou para 210 o número de vítimas mortais da onda de bombardeamentos israelitas no centro de Gaza, principalmente, no campo de refugiados de Nuseirat.
“Condenamos a agressão da ocupação ‘israelita’ contra civis, crianças e mulheres, e contra casas seguras no campo de Nuseirat e na província central, e responsabilizamos totalmente a ocupação e a administração norte-americana por este crime catastrófico em que foi derramado o sangue de dezenas de civis inocentes”, afirmou o executivo do Hamas.
Recorde-se que, desde o início da guerra, Israel e o Hamas só chegaram a um acordo de tréguas de uma semana no final de novembro, que permitiu a libertação de 105 reféns em troca de 240 prisioneiros palestinianos.
A guerra em curso entre Israel e o Hamas foi desencadeada por um ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano em solo israelita, a 7 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos, segundo Telavive.
Durante este ataque, 251 pessoas foram feitas reféns, 116 dos quais ainda permanecem em Gaza, incluindo 41 mortos, de acordo com os números do Exército israelita.
Na sequência do ataque do Hamas, Israel lançou uma ofensiva em Gaza que já provocou mais de 36 mil mortos e uma grave crise humanitária no território, de acordo com as autoridades tuteladas pelo Hamas, grupo classificado como uma organização terrorista pelos Estados Unidos, Israel e União Europeia.
Em Portugal, a libertação da Palestina também esteve na agenda do dia e o edifício do gabinete de representação do Parlamento Europeu em Lisboa foi atingido com tinta no final da marcha "Unidas contra o Colapso", organizada pelo movimento "Fim ao Genocídio, fim ao fóssil".
O acesso ao edifício estava já barrado com grades de proteção, além de um contingente policial com mais de duas dezenas de agentes da PSP ao longo do perímetro.
Perante o arremesso da tinta, que salpicou alguns dos agentes, vários elementos da equipa de intervenção rápida chegaram a colocar os capacetes para um eventual agravamento da situação, que acabou por não acontecer.
Equipados com bandeiras da Palestina e diversas tarjas alusivas ao combate ao uso dos combustíveis fósseis, os ativistas entoaram durante cerca de 30 minutos diversos cânticos, como “Viva a luta do povo palestino, Israel é um estado assassino”, “Free Palestine” e “União Europeia, you can’t hide”.
*Com Lusa
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