“O Estado não será afrontado em nenhuma ocasião em São Paulo. Esperamos que novas operações não sejam necessárias, mas caso se façam necessárias, caso o Estado seja afrontado, em qualquer ponto, operações como a Escudo serão desencadeadas, disse o secretário da Segurança Pública estadual, Guilherme Derrite.

A operação terminou com a detenção de 958 pessoas, das quais 382 eram procuradas pela justiça, e a apreensão de 117 armas e quase uma tonelada de drogas, disse o Governo de São Paulo, num comunicado.

Até 01 de setembro, o Conselho Nacional de Direitos Humanos tinha reunido pelo menos 11 relatos de violações durante a Operação Escudo, devido à ação policial.

Segundo a imprensa brasileira, o Conselho recomendou ao governo de São Paulo que encerrasse a operação e apresente, no prazo de 20 dias, esclarecimentos sobre as circunstâncias das mortes decorrentes da intervenção policial.

O órgão pediu, ainda, que o governo de São Paulo explique, nesse prazo, a não utilização de câmaras de filmar corporais por parte dos polícias durante as ações contra o crime organizado.

As denúncias apuradas pelo Conselho junto de testemunhas relatam casos de execuções, pessoas de outras zonas levadas para serem mortas onde ocorria a operação, invasão de casas, omissão de socorro médico, ausência de câmaras ou identificação nas fardas dos polícias e a morte de moradores de rua.

A operação foi iniciada no fim de julho e é a mais letal do estado brasileiro de São Paulo. As ações começaram um dia após o assassínio de um agente da polícia militar perto de uma comunidade pobre na cidade do Guarujá.

Após o ocorrido, autoridades do governo regional de São Paulo mobilizaram uma equipa de 600 agentes do litoral paulista e iniciaram as buscas pelos suspeitos de envolvimento no crime, que já foram detidos.

Com o aumento da tensão, o governo ‘paulista’ decidiu manter um patrulhamento intensivo no litoral do estado.