Viseu, Mangualde, Nelas, Penalva do Castelo, Sátão, São Pedro do Sul, Vila Nova de Paiva e Vouzela são os municípios que assinaram o acordo e constituirão a Águas de Viseu – Empresa Intermunicipal.
Durante a cerimónia, o presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques, disse que estes municípios têm vindo a fazer um “trabalho sério e consistente” há cerca de dois anos, numa perspetiva intermunicipal, procurando encontrar soluções para o problema da escassez da água.
“Acelerámos este processo quando, nas conversas com o Governo, chegámos à conclusão de que, neste quadro comunitário de apoio, cada vez mais a lógica que iria existir é a intermunicipal. Quer candidaturas para reforço de abastecimento de água, quer candidaturas para reforço e fecho de sistemas de água e saneamento teriam de passar por uma lógica intermunicipal”, frisou.
Segundo Almeida Henriques, “os oito concelhos vizinhos entenderam que não seria de desperdiçar esta vertente de poder concorrer a esta linha que estará aberta até ao final do ano”.
O objetivo é criar condições para a realização de investimentos estruturantes no sistema de armazenamento, tratamento e distribuição de água. Entre eles estão o reforço da capacidade da barragem de Fagilde, a construção futura da barragem do Vouga e a sua exploração eficiente e integrada.
“Estes assuntos não podem esperar. Quando ficarem resolvidos, designadamente quando a barragem do Vouga estiver construída, já nenhum de nós estará em funções”, afirmou, acrescentando que se trata de assumir a responsabilidade “de olhar para o futuro e não adiar mais uma vez” um assunto tão importante para as populações.
Segundo Almeida Henriques, os oito municípios estão já a trabalhar na preparação da candidatura a apresentar até ao final do ano.
A “prioridade mais imediata” será o abastecimento de água, “mas também não deixará de ter uma componente da vertente das águas residuais” e “o lançamento do embrião da barragem do Vouga, designadamente os estudos e os projetos” que permitem ir avançando, afirmou.
Está também previsto “o reforço da Barragem de Fagilde, para que haja uma melhoria da quantidade de água produzida, e a redução de resíduos produzidos”, acrescentou.
O protocolo hoje assinado já define os encargos, estimando que, nesta primeira fase, os oito municípios invistam em conjunto 104 mil euros nos vários estudos conducentes à candidatura. A Viseu caberão 51% dos custos e aos outros sete municípios os restantes 49%.
Almeida Henriques justificou que a assinatura deste protocolo não foi marcada para depois das eleições autárquicas de 01 de outubro porque isso poria “em risco a possibilidade desta candidatura”, levando os municípios “a perderem uma grande oportunidade de financiar um investimento útil” para a região.
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