Numa nota assinada pelo deputado social-democrata e presidente da comissão parlamentar de Defesa, Marco António Costa, assinala-se que José Arruda “será sempre recordado como um homem de bem que nunca desistiu de servir Portugal, nomeadamente apoiando e defendendo os deficientes das Forças Armadas”.
“Ao longo da sua função de presidente a ADFA obteve grandes e justas conquistas para os seus camaradas militares e pela esmerada postura institucional conquistou o respeito de todos quanto com ele tiveram o privilégio de interagir”, lê-se na mesma nota, que acrescenta: “A sua morte provocará um vazio que intensamente o recordará”.
O grupo parlamentar social-democrata “apresenta as suas mais sentidas condolências” à família, “aos seus camaradas de armas e ainda às Forças Armadas Portuguesa”.
José Arruda, de 69 anos, morreu no sábado à tarde, no Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa, em Lisboa.
José Eduardo Gaspar Arruda, natural de Moçambique, desenvolveu uma carreira de atleta até cumprir o serviço militar obrigatório e foi ferido, em 1971, durante a guerra colonial, acidente do qual resultou a cegueira e a amputação o membro superior esquerdo.
Em 1973, durante a permanência no Hospital Militar Principal, participou no movimento de apoio à criação do estatuto do deficiente das Forças Armadas, tendo posteriormente, em 1974, participado na primeira assembleia-geral da recém-criada Associação dos Deficientes das Forças Armadas, que surgiu na sequência da Revolução do 25 de Abril.
O local e datas das exéquias do ex-militar não foram ainda anunciados.
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