Rui Rio foi reeleito no sábado presidente do PSD com 52,43% dos votos, numas eleições diretas que disputou com o eurodeputado Paulo Rangel, que alcançou 47,57% dos votos, foi hoje anunciado.
Os resultados oficiais, mas ainda provisórios, foram anunciados na sede do PSD, em Lisboa, pelo presidente do Conselho de Jurisdição Nacional do partido, Paulo Colaço.
De acordo com o dirigente social-democrata, do total de 46.664 inscritos, votaram 35.991 militantes. Rio alcançou 18.604 votos e Rangel 16.879, havendo ainda 189 votos nulos e 319 votos em branco.
"Com base nestes resultados, o Conselho de Jurisdição declara eleito presidente da Comissão Política Nacional do PSD o companheiro Rui Fernando da Silva Rio, a quem saudamos desde já", afirmou Paulo Colaço.
"Estão reunidas as condições para seguirmos firmes, unidos, fortes para a campanha eleitoral das legislativas do próximo mês de janeiro", defendeu também.
Antes desta conferência de imprensa, Rui Rio já tinha feito o discurso de vitória e o eurodeputado Paulo Rangel reconhecido a derrota publicamente.
Lembrando que “compete ao Conselho de Jurisdição fiscalizar a regularidade do ato eleitoral”, o dirigente indicou que as eleições diretas para a escolha do próximo presidente do PSD decorreram “com toda a normalidade”.
O presidente do Conselho de Jurisdição Nacional ressalvou, contudo, que os resultados "são ainda provisórios, uma vez que ainda existem secções que estão a ser apuradas".
A eleição decorreu em todo o país entre as 14:00 e as 20:00 e, a partir do fecho das urnas, o partido disponibilizou um 'site' onde foi possível consultar a evolução dos resultados das eleições em tempo real (https://resultados.psd.pt).
Questionado sobre a indicação nesse 'site' de secções sem votos válidos, Paulo Colaço afirmou que não foi reportada "nenhuma situação de irregularidade", mas ressalvou que estas estruturas "são capazes de fazer o reporte ainda durante estes dias".
Quanto a pedidos de recontagem, o presidente do Conselho de Jurisdição Nacional do PSD afirmou que não lhe chegou “rigorosamente nada”.
Já sobre alegadas irregularidades no pagamento de quotas de militantes, noticiadas recentemente pela imprensa, Paulo Colaço referiu que "não foi uma das candidaturas que fez a queixa, foi a secretaria-geral que fez a queixa, e o Conselho de Jurisdição não se pronunciou" porque não quis intrometer-se "neste resultado".
O social-democrata sustentou também que "qualquer processo iniciado nessa altura nunca estaria pronto antes de o ato eleitoral começar", pelo que o Conselho de Jurisdição decidiu "não resolver".
"Se houvesse necessidade, tínhamos de nos intrometer necessariamente. Aquilo que aconteceu foi não haver tempo nem certeza nesses valores que nos foram entregues. Certeza nos valores que nos foram entregues e tempo para notificar as pessoas e dar-lhes o mínimo de tempo possível para justificarem ou não", continuou.
No entanto, "se a secretaria-geral nos quiser mandar todos os casos anómalos, nós podemos resolvê-los entretanto", disse, indicando que poderá também ser por iniciativa "de alguma das candidaturas".
O atual líder do PSD, Rui Rio, e o eurodeputado Paulo Rangel disputaram hoje a presidência do partido, em eleições diretas em que podiam votar mais de 46.000 militantes.
O 39.º Congresso do partido vai realizar-se entre 17 e 19 de dezembro, na Feira Internacional de Lisboa.
Com este resultado, Rui Rio, que lidera o PSD desde janeiro de 2018, manter-se-á como o 18.º presidente do partido.
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