Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas na Praça da Alegria, em Lisboa, onde esteve a acompanhar uma associação que distribui refeições a pessoas sem-abrigo.
Questionado sobre a revisão em baixa do 'rating' do Novo Banco pela agência de notação financeira Moody's, respondeu: "Eu percebo que os partidos políticos se pronunciem sobre isso, faz parte da luta partidária, e faz parte, então, da luta partidária num tempo eleitoral, é natural, têm as suas posições. O Presidente da República deve estar no plano de ajudar o país a resolver o problema".
O chefe de Estado escusou-se a comentar a decisão da Moody's, com o argumento de que não deseja "dificultar a resolução de um problema que o país quer que seja resolvido, e quer que seja resolvido de uma maneira boa para Portugal".
"Isso significa o quê: que não abra um buraco enorme nas finanças públicas, que seja mais um passo na estabilização do sistema financeiro, e que, dentro daquilo que eu já disse - que não há soluções boas, há só soluções menos más - seja mais uma pedra no caminho que foi sendo feito ao longo de 2016, começo de 2017", acrescentou.
Marcelo Rebelo de Sousa voltou a defender que "estão a ser dados os passos possíveis para estabilizar o sistema financeiro", e que o setor melhorou no último ano.
"Foi um processo difícil, mas temos um número apreciável de bancos com uma situação reforçada em relação a há um ano. Isso é positivo. O ter sido possível isso e, ao mesmo tempo, controlar o défice, no espaço de oito meses, nove meses, é positivo", elogiou.
Na quarta-feira, a agência de notação financeira Moody's reviu em baixa o 'rating' da dívida sénior do Novo Banco, justificando a decisão com a operação de troca de obrigações incluída no negócio da venda do banco à Lone Star.
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