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"Com esta decisão foi ratificado que ninguém está acima da lei", considerou.
Cosby, de 82 anos, que rompeu barreiras raciais com o seu papel de pai e médico na séria televisiva de sucesso "The Cosby Show" (1984-1992), foi declarado culpado em 2018 de drogar e agredir sexualmente Andrea Constand na sua mansão na Filadélfia.
Cosby foi condenado a uma pena de entre três e dez anos de prisão por agressão sexual por um juiz da Pensilvânia. O comediante poderá pedir a liberdade condicional após cumprir pelo menos três anos de prisão, e esse pedido será analisado por uma comissão especial.
Esta pena é muito inferior aos 30 anos de reclusão em que o ator inicialmente incorria.
Um processo anterior em junho de 2017 terminou em julgamento nulo depois de o júri não conseguir chegar a um veredito unânime.
Com a carreira em Hollywood e a imagem de boa pessoa destruídas, Bill Cosby tornou-se, assim, a primeira celebridade da era #MeToo a ser enviada para a prisão.
Mais de 60 mulheres acusaram Cosby de agressão sexual, mas este foi julgado apenas pela denúncia de Constand, já que o prazo de prescrição já tinha expirado nos outros casos.
Cosby insiste que foi condenado injustamente, e seus advogados argumentaram no recurso que cinco mulheres não deveriam ter sido autorizadas a depor no novo julgamento.
Mas o tribunal de recurso determinou que as provas entregues por estas mulheres "tenderam a debilitar qualquer afirmação de que o autor do recurso desconhecia ou interpretou mal a falta de consentimento da vítima ao contato sexual", disse a decisão.
Uma dúzia de mulheres que dizem ter sido vítimas de Cosby apresentaram ações civis contra o ator em busca de indemnizações por danos e prejuízos.
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