De um modo geral foi o apelo ao voto útil que marcou este penúltimo dia de campanha, com uma sondagem da Intercampus para o Correio da Manhã e Jornal de Negócios a apontar para uma vitória da Aliança Democrática (PSD, CDS-PP e PPM) com 29,3%, contra 23,3% do PS.
Durante o dia de hoje, o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, apontou os seus esforços para os pensionistas e mulheres, considerando que os cidadãos têm razões para se assustarem com os “representantes da direita”.
Fez ainda um veemente apelo aos eleitores da “imensa maioria invisível” que deu a vitória aos socialistas em 2022.
Já o presidente do PSD, Luís Montenegro, afirmou que o programa da AD olha para as mulheres e prometeu-lhes que irá "dar passos seguros importantes" para assegurar a igualdade de oportunidades.
As caravanas destas duas candidaturas apostaram hoje em arruadas na mesma rua, no centro do Porto, mobilizando centenas de apoiantes. O cruzamento acabou por ser evitado com o secretário-geral do PSD, Hugo Soares, a organizar várias paragens na caminhada da AD, com os apoiantes a entoarem cânticos, numa parte do tempo à chuva.
Da parte do Chega, o presidente, André Ventura, apelou ao voto dos eleitores que até aqui votaram PS e PSD e considerou que só o seu partido representa uma mudança efetiva. Já o presidente da Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha, considerou determinante que o seu partido esteja incluído numa “transformação real de Portugal” a partir de domingo.
Para a CDU (PCP e PEV), o secretário-geral comunista, Paulo Raimundo, defendeu que um voto nesta coligação não deixa ninguém para trás, recusando que haja linhas vermelhas num eventual acordo pós-eleitoral, mas avisando que rejeitará “cheques em branco”.
A coordenadora do BE, Mariana Mortágua, também se dirigiu diretamente aos indecisos para assumir o compromisso de que o voto nos bloquistas será para uma maioria de esquerda que “vai transformar o país” com soluções para a habitação, saúde e salários.
Já a porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, argumentou que "dar mais um ou outro deputado ao PS ou PSD não fará qualquer diferença", enquanto Rui Tavares, do Livre, manifestou-se crente de que a esquerda “pode virar as eleições” legislativas de domingo.
O décimo segundo dia de campanha ficou ainda marcado pelo anúncio da participação do ex-Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, e da antiga líder social-democrata Manuela Ferreira Leite na campanha da AD, esta sexta-feira, bem como o cancelamento da célebre descida do Chiado da coligação, devido às previsões de mau tempo, passando a encerrar a campanha com um “grande comício” no Campo Pequeno.
Todos os momentos da campanha são acompanhados ao minuto no liveblog do SAPO24, que pode ser consultado aqui.
*Com Lusa
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