“O nosso desejo é que não haja greve, mas de facto a lavoura está a entrar num período em que necessita de combustível e, se falhar, os agricultores têm prejuízo porque não conseguem manter as culturas num bom estado de crescimento”, afirmou João Dinis, dirigente da CNA, que falava à Lusa à margem de uma manifestação de agricultores, em Lisboa.
O responsável sublinhou que “é melhor que as partes cheguem a acordo”, mas apelou que o Governo, contemple no seu plano, um reforço do gasóleo verde nos postos de abastecimento durante a paralisação.
João Dinis garantiu ainda que a greve em causa vai também afetar a alimentação animal, o que irá penalizar a qualidade da carne dos animais e do leite.
A greve convocada pelo Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas e pelo Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias, que começa em 12 de agosto, por tempo indeterminado, ameaça o abastecimento de combustíveis e de outras mercadorias.
O Governo terá que fixar os serviços mínimos para a greve, depois das propostas dos sindicatos e da Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) terem divergido entre os 25% e os 70%, bem como sobre se incluem trabalho suplementar e operações de cargas e descargas.
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