“Serão implementadas todas as medidas do Estudo de Impacto Ambiental. Um qualquer aeroporto ou cumpre as regras ambientais ou não existirá. Tudo será executado em conformidade e [serão] implementadas as medidas amplamente estudadas”, afirmou Pedro Marques.
O governante falava na cerimónia de assinatura do acordo de financiamento de expansão da capacidade aeroportuária de Lisboa, que decorreu hoje na Base Aérea n.º 6, no Montijo, onde justificou que era urgente a assinatura deste acordo, mesmo sem ainda ter sido entregue o Estudo de Impacto Ambiental à Agência Portuguesa do Ambiente, uma vez que, assim, “se podem ganhar meses com a expansão do aeroporto Humberto Delgado e meses nos projetos do aeroporto do Montijo”.
“Chega de hesitações, este é o momento de avançar para uma decisão adequada à região, competitiva e comportada. O aeroporto Humberto Delgado tem comportado, mas hoje os atrasos nas viagens têm consequências económicas que não se pode negligenciar. Precisamos deste acordo para que a ANA Aeroportos possa avançar com os estudos”, frisou.
Para o ministro, esta é a melhor solução para aumentar a capacidade aeroportuária no país, até porque a construção de uma infraestrutura de raiz “poderia levar ainda mais do que uma década” e o preço a pagar nos próximos anos seria ainda maior.
“O novo aeroporto é uma solução comportada e sustentável que foi apresentada pelo anterior Governo e aprovada pela oposição. É uma solução que responde às necessidades de desenvolvimento do país”, declarou.
Além disso, o ministro mostrou-se esperançoso em que o país atinja a meta dos “30 milhões de passageiros, já em 2019”, no aeroporto Humberto Delgado.
No discurso, Pedro Marques anunciou ainda que o novo aeroporto do Montijo criará “mais de 10 mil postos de trabalho”.
“Este número coloca este investimento, a par da Autoeuropa, como um dos maiores investimentos na região”, disse.
O governante respondeu ainda às declarações do secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, afirmando que este novo aeroporto não é “um apeadeiro”, mas “um aeroporto semelhante ao Humberto Delgado” que beneficia de uma “localização ímpar” e de ligações “ponto a ponto”.
“Não estamos hoje a colocar a primeira pedra, mas estamos a dar um passo decisivo para a expansão da capacidade aeroportuária, promovendo a criação de desemprego e redução de desigualdades”, afirmou.
A ANA - Aeroportos de Portugal e o Estado assinaram esta tarde o acordo para a expansão da capacidade aeroportuária de Lisboa, que prevê um investimento de 1,15 mil milhões de euros de investimento até 2028.
Este valor inclui a extensão da atual estrutura Humberto Delgado e a transformação da base aérea do Montijo, que recebeu a cerimónia de assinatura, em aeroporto civil.
O início de funcionamento está previsto para 2022.
Para o primeiro ano de funcionamento do novo aeroporto estão previstos sete milhões de passageiros.
[Notícia atualizada às 18:35]
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