A acusação foi expressa por Gerald Darmin na sua conta na plataforma social Twitter.
O ministro apelou ainda ao “apoio aos polícias, mais uma vez levados a intervir com muita violência”, quando a manifestação estava a dispersar-se no centro da capital.
No total, 52.350 manifestantes participaram em cerca de 90 protestos organizados em França contra o projeto-lei, dos quais cinco mil em Paris, de acordo com números do Ministério do Interior.
Houve 64 detenções e várias pessoas ficaram feridas, entre as quais oito polícias.
De acordo com os dados, a mobilização foi menor por comparação com a da semana passada, em que 133 mil pessoas se manifestaram em França, 46 mil das quais em Paris.
Aprovado em 24 de novembro pelos deputados da Assembleia Nacional (câmara baixa do parlamento francês), o controverso projeto-lei sobre “segurança global” visa expandir alguns poderes e fornecer uma maior proteção às forças de ordem pública.
Entre outros aspetos, o texto adotado em novembro prevê um controlo da gravação e da divulgação indevida (com possível punição) de imagens relacionadas com as forças de ordem pública, algo que foi classificado por várias vertentes da sociedade francesa como um ataque à liberdade de imprensa e de expressão.
O Governo francês já admitiu, entretanto, rever este artigo específico do projeto-lei, mas os organizadores das manifestações consideram insuficiente e exigem a retirada total do novo diploma que qualificam como liberticida.
A polémica em redor deste diploma surge num momento em que o país tem sido abalado por alguns casos de violência policial, como foi o caso da recente situação que envolveu um produtor de música negro espancado por polícias à entrada de um estúdio de música em Paris.
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