O ministro reuniu hoje com o secretário-geral da ONU, António Guterres, na sede desta instituição em Nova Iorque e, momentos depois, congratulou pessoalmente o presidente eleito da 74.ª sessão da Assembleia-Geral da ONU, o nigeriano Tijjani Muhammad-Bande, que assume funções no próximo mês de setembro.

Augusto Santos Silva disse à Lusa que todos os representantes da ONU têm provas da participação “absolutamente clara, transparente e convicta” por parte de Portugal.

“Qualquer que seja o secretário-geral das Nações Unidas e qualquer que seja o interlocutor do lado do Estado português, a mensagem é sempre a mesma”, afirmou Augusto Santos Silva, que, nas funções de ministro dos Negócios Estrangeiros, já se reuniu com o antigo representante máximo da ONU Ban Ki-Moon e com António Guterres, mas também acompanhou reuniões do Presidente da República e do primeiro-ministro portugueses com os representantes da ONU.

“Já quando era ministro da Defesa, agora como ministro dos Negócios Estrangeiros, com quem quer que fale e onde quer que esteja, só ouço as pessoas pedirem mais participação portuguesa, tal é a qualidade dos nossos homens e mulheres que realizam as missões de paz”, declarou o chefe da diplomacia portuguesa.

Os representantes da organização internacional aproveitam todas as reuniões com portugueses para “agradecer a forma absolutamente clara, transparente e convicta com que Portugal participa nas Nações Unidas e defende o multilateralismo”, acrescentou.

Augusto Santos Silva adiantou que a intervenção portuguesa em missões de paz da ONU, como na República Centro-Africana, também é motivo de apreço nesta comunidade internacional, constituída por 193 países.

Segundo o ministro português, é reconhecida “a presença muito forte e sempre pautada por uma grande capacidade” das Forças Armadas nacionais e “um grande respeito das forças portuguesas pelas populações locais e pelos valores humanistas das Nações Unidas nas missões de paz”.

Junta-se, ainda, “a participação inestimável em algumas das grandes agendas das Nações Unidas”, como “a agenda do clima, a agenda dos oceanos e também a agenda do desenvolvimento sustentável”, defendeu Augusto Santos Silva.

O ministro reuniu-se hoje com o secretário-geral da ONU, António Guterres, numa reunião que se focou nas situações de Guiné-Bissau e Venezuela, duas fontes de preocupação da política externa portuguesa.