Em audição na Comissão de Ambiente, Ordenamento do Território, Descentralização, Poder Local e Habitação, João Matos Fernandes respondeu, assim, às críticas do deputado do Bloco de Esquerda (BE) Carlos Matias, que disse que o Metro de Lisboa “continua a funcionar muito mal”.
“Sou um cliente assíduo do Metro de Lisboa e testemunho que está a funcionar muito melhor”, afirmou o ministro do Ambiente.
Em termos de melhorias no serviço de transporte, o governante destacou o aumento do número de composições a circular e o reforço da manutenção das escadas rolantes, em particular nas estações do Cais do Sodré e da Baixa-Chiado.
Para o deputado do BE Carlos Matias, o serviço prestado pelo Metro de Lisboa “continua extremamente deficiente”, nomeadamente, devido aos atrasos.
“Até ao final de 2016 deveriam ter sido admitidos 30 maquinistas”, lembrou o bloquista, referindo ainda que há falta de trabalhadores na manutenção das carruagens.
Em resposta ao deputado do BE, o ministro do Ambiente avançou que “o curso para camionistas vai começar agora mesmo”, indicando que poderá sofrer uma interrupção devido ao período de férias, mas a partir de outubro o Metro de Lisboa vai dispor de “muito maior capacidade de operar”.
Sobre o crescimento da procura no Metro de Lisboa, o governante João Matos Fernandes declarou que, “depois de ter crescido 10% em 2016”, a empresa de transporte registou um aumento de 7% até maio deste ano.
Outra dos problemas levantados pelo deputado do BE foi relativo às obras na estação de Arroios, ao que o ministro declarou que “é difícil de entender" como é que esta obra ficou para trás, lembrando que a intervenção começa a 19 de julho e vai decorrer durante um ano e meio e “não há maneira” de reduzir a duração da obra.
De acordo com o Plano de Desenvolvimento Operacional da Rede do Metropolitano de Lisboa, as obras na estação de Arroios vão permitir o funcionamento de comboios com seis carruagens na Linha Verde e custarão mais de sete milhões de euros.
Até 2022, o Metropolitano de Lisboa vai ter mais duas estações - Estrela e Santos —, estando previstas também estações nas Amoreiras e em Campo de Ourique, embora nestes dois casos sem uma data prevista de conclusão.
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