“Estamos neste momento já a discutir o quadro remuneratório, designadamente a avaliação de todos os subsídios e suplementos olhando para a sua reformulação futura, estamos a discutir matérias relativas à segurança e à higiene no trabalho, e estamos a discutir aquilo que é o quadro de admissões no horizonte de médio prazo”, disse Eduardo Cabrita aos jornalistas na Escola Prática de Polícia de Torres Novas (Santarém), à margem da cerimónia de abertura do 15.º Curso de Formação, que integra 600 agentes e 200 novos chefes da Polícia de Segurança Pública (PSP).
O governante reagiu assim às exigências dos polícias do corpo de intervenção, que na terça-feira estiveram concentrados em Belas, Sintra, para exigir resolução de vários problemas, entre eles uma atualização das ajudas de custo (atualmente têm um valor de 39 euros), o pagamento de horas extraordinárias, nomeadamente nos jogos de futebol, e um subsídio idêntico às das restantes subunidades da UEP.
Os elementos do corpo de intervenção queixaram-se ainda das condições dos equipamentos de proteção individual, como coletes e capacetes balísticos, estando muitos fora do prazo de validade, bem como do excesso de horas de trabalho.
Também na terça-feira, o Sindicato Nacional da Polícia (Sinapol) interpôs uma ação judicial para “denunciar o contrato estabelecido com empresa adjudicada pela PSP” para o fornecimento de fardamento, cuja qualidade e demora na entrega das encomendas motivou críticas de sindicatos, e que hoje Eduardo Cabrita desvalorizou.
Questionado sobre as críticas à qualidade e prazo de entrega dos fardamentos às forças de segurança, o ministro da Administração Interna começou por dizer que o processo “está a decorrer” e que “está em curso”, tendo referido que “está adiantado” e que “resolveu aquilo que não existiu durante décadas”, quando questionado sobre se o mesmo registava algum atraso.
“Hoje há uma plataforma em pleno funcionamento e que permitiu atribuir já aos polícias dezenas de milhar de novos fardamentos”, disse o governante, tendo feito notar que, “em dezenas de milhar houve umas pequenas dezenas de casos de defeitos e problemas”.
Os mesmos, afirmou Eduardo Cabrita “são identificados e são tratados, devolvendo-os e responsabilizando o fornecedor”.
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