Maria da Graça Carvalho afirmou em conferência de imprensa em Nice, França, onde decorre a terceira Conferência da ONU sobre o Oceano (UNOC3), que “há uma decisão já consensual entre as várias partes envolvidas nas questões do mar de avançar com uma nova área marinha oceânica (…) que vai dar um outro salto importante nas nossas áreas marinhas protegidas e que é o Banco Gorringe”.

A ministra disse que o Banco de Gorringe, cerca de 200 quilómetros a sudoeste do Cabo de S. Vicente, Algarve, é zona com dimensão considerável — 180 quilómetros de comprimento – e que “irá projetar [o país] para uma percentagem muito perto dos 30%” de área marinha protegida.

Um dos temas da UNOC3 é a proteção dos oceanos de modo a serem sustentáveis e uma das metas das Nações Unidas é que até 2030 os países tenham 30% da sua área marítima com estatuto de proteção.

A ministra recordou que o “grande salto” de Portugal nesta área “foi dado pela proteção de 30% do mar dos Açores”, que possibilitou ao país estar nos atuais 19% de áreas marinhas protegidas.

A governante adiantou que o decreto-lei para a nova AMP está pronto e que agora segue-se a realização do modelo de gestão.

Considerado com elevado valor ecológico, o banco de Gorringe integra desde 2015 a Rede Natura 2000 como Zona Especial de Conservação.