“É naturalmente algo que me preocupa e por isso mesmo já existe não só uma inspeção em curso, processos disciplinares, mas também uma investigação criminal em curso. Precisamos de esperar pelas conclusões”, cuja competência é do Ministério Público, disse Constança Urbano de Sousa na direção nacional da PSP, à margem da entrega de 34 viaturas novas à polícia.
Na quinta-feira, um comunicado do MAI informava que a PSP tinha suspendido de funções dois agentes e instaurado um inquérito ao armazenamento de armas da direção nacional após terem sido extraviadas 50 armas de nove milímetros.
Questionada sobre possíveis alterações nos procedimentos, a ministra insistiu na necessidade da inspeção da PSP, dos inquéritos disciplinares e da investigação criminal estarem concluídas para ser tomada alguma decisão.
“Precisamos de esperar pelas conclusões para perceber exatamente quais os contornos desta situação. Quando houver conclusões logo se vai determinar quais os procedimentos a seguir”, disse.
Entretanto, a Procuradoria-geral da República confirmou à Lusa a existência de um inquérito crime sobre este caso no Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa.
Sobre o facto de algumas das pistolas desaparecidas poderem ser detetadas fora do país, Constança Urbano de Sousa disse que “as armas estão todas no sistema de informações de Schengen e que é natural que possam surgir no âmbito de outras investigações criminais”.
Uma das 50 armas extraviadas das instalações da direção nacional da PSP em Lisboa foi apreendida durante uma operação no Porto há duas semanas.
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