A informação foi confirmada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência aos ‘media' brasileiros.
Segundo a Polícia Federal brasileira, Cesare Battisti, que teve prisão decretada quinta-feira por ordem do juiz do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux, está em local "incerto" e já é considerado foragido.
Antes do anúncio da assinatura do decreto, os advogados de Battisti tinham entrado com um recurso no STF pedindo a revogação da decisão do juiz.
Battisti foi condenado a prisão perpétua na Itália por quatro assassinatos na década de 1970, mas alega inocência.
O alegado homicida mora no Brasil e tem casa em Cananéia, uma cidade no litoral do Estado de São Paulo.
A sua extradição tinha sido vetada pelo ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas o chefe de Estado eleito, Jair Bolsonaro, um anticomunista declarado, anunciou que iria trabalhar para revogar a medida.
Battisti foi membro do grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC), um braço das Brigadas Vermelhas.
Em 1993 acabou condenado à revelia a prisão perpétua por vários assassínios cometidos entre 1977 e 1979.
Fugiu para França e, em 2004, quando este país estava prestes a revogar o seu estatuto de refugiado político, viajou para o Brasil, onde permaneceu escondido por três anos.
A fuga terminou no Rio de Janeiro em março de 2007, quando foi preso numa operação conjunta de agentes do Brasil, Itália e França.
O STF autorizou a sua extradição em 2009 numa decisão não vinculativa, que deixou a decisão final nas mãos do ex-Presidente Lula da Silva, que a rejeitou no dia 31 de dezembro de 2010, último dia do seu mandato.
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