Em declarações na SIC-Notícias, Marques Mendes qualificou o resultado do PSD nestas eleições como "uma hecatombe, um terremoto", e considerou que, se Passos Coelho quiser continuar à frente do partido, "a vida dele vai ser um inferno completo" e "vai ter dificuldade, numas diretas, de se manter na liderança".
"Não me surpreenderia muito que Passos Coelho tomasse a decisão, hoje ou terça-feira, quando tem um Conselho Nacional, de dizer que sai, de dizer que abandona, de dizer que sai de jogo e que dá o lugar a outro, por outras palavras, que não se candidata novamente à liderança do partido", afirmou.
Marques Mendes referiu que, por princípio, considera que eleições locais não devem ter consequências nas lideranças partidárias, mas argumentou que, "neste caso em concreto, conjugam-se situações que todas vão dar a Passos Coelho".
No seu entender, houve "má escolha de candidatos, designadamente nos casos principais, Lisboa e Porto, onde a derrocada é monumental ", e nesses casos "a decisão foi do líder".
Por outro lado, "houve campanha muito nacionalizada, que não favorecia o PSD - foi uma escolha do líder, errada", sustentou, acrescentando: "Em terceiro lugar, há de facto aqui uma penalização pela forma de se fazer oposição".
Segundo Marques Mendes, o PSD "não é visto como uma oposição construtiva", mas antes "muito negativa, com ressentimento, com a ideia de que vem o diabo", e houve nestas autárquicas "também uma penalização por causa disso", em especial nos centros urbanos.
O social-democrata, que falava perto das 22:00, disse que o PSD vai provavelmente baixar o número de presidências de câmara que obteve nas eleições de 2013 e também o número de votos.
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