Está a decorrer uma megaoperação da GNR em Sesimbra e Almada, com várias buscas no distrito.

Pelo menos três pessoas foram detidas e apreendidas embarcações, viaturas, droga, armas e munições na operação de combate à angariação e exploração de mão-de-obra estrangeira que está a decorrer em Almada e Sesimbra, revelou hoje a GNR.

“Neste momento já foram detidas três pessoas, dois homens e uma mulher, de idades entre os 43 e os 62 anos, foram identificados 16 imigrantes e apreendidas várias embarcações e viaturas, 200 doses de haxixe e cinco armas e 300 munições”, disse à agência Lusa o major Ilídio Barreiros, 2º Comandante do Grupo de Guarda de Fronteiras da GNR.

Associações que disponibilizam apoio a migrantes:

JRS Portugal — O gabinete jurídico "tem como objetivo assessorar juridicamente os utentes no seu processo de regularização, bem como emitir pareceres e orientações técnicas internas em matérias de Lei de Estrangeiros, Lei de Asilo e legislação acessória". Saiba mais aqui.

Renovar a Mouraria — Centrada na freguesia de Santa Maria Maior, em Lisboa, esta associação ajuda com os processos de regularização de quem "vive, trabalha, estuda ou tem filhos que estudam" naquela zona. Conheça o projeto aqui.

Lisbon Project — Este projeto tem como objetivo "construir uma comunidade que integra e capacita migrantes e refugiados". Nesse sentido, tem também disponível um gabinete de apoio jurídico. Fique a par de tudo aqui.

Mundo Feliz — Esta associação ajuda os imigrantes no processo de regularização em Portugal e também na procura de emprego, entre outros serviços. Saiba mais aqui.

Linha de Apoio ao Migrante — Esta linha "tem como principal objetivo responder de forma imediata às questões mais frequentes dos migrantes, disponibilizando telefonicamente toda a informação disponível na área das migrações e encaminhando as chamadas para os serviços competentes". Contactos: 808 257 257 / 218 106 191. Mais informações aqui.

“Estes dados ainda são provisórios porque a operação ainda está a decorrer e não sabemos o que poderá resultar das buscas que ainda estão em curso e que incidem sobre empresas, embarcações, armazéns comerciais e de aprestos e escritórios de contabilidade”, acrescentou o responsável da GNR.

Na operação de combate à angariação e exploração de mão-de-obra estrangeira para a pesca profissional local e costeira, estava prevista a execução de um total de 41 mandados de busca, seis domiciliárias e 35 não domiciliárias, para recolha de elementos de prova complementares, em Almada e Sesimbra, no distrito de Setúbal.

De acordo com a GNR, algumas das embarcações e armazéns de aprestos, sem condições mínimas de higiene e de segurança, serviam de alojamento a mais de uma dezena de imigrantes.

Em comunicado hoje divulgado, a GNR esclarece que a operação policial está a ser desenvolvida pela Unidade de Controlo Costeiro e de Fronteiras (UCCF), no âmbito de um inquérito criminal tutelado pelo Departamento de Investigação e Ação Penal Regional de Évora, que investiga os crimes de angariação de mão-de-obra ilegal, fraude fiscal, falsificação de documentos e falsidade informática.

O comunicado adianta que as diligências policiais em curso resultaram da identificação de cidadãos estrangeiros em situação irregular no país, a viver em situações degradantes e explorados como mão-de-obra ilegal.

A GNR salienta ainda que a operação, batizada com o nome `Dignitas´, envolve “mais de 130 militares, que contam com o apoio da Autoridade Tributária (AT), da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), de equipas multidisciplinares especializadas para a assistência a vítimas de tráfico de seres humanos da Associação para o Planeamento da Família (APF), contando ainda com a presença de magistrados do Ministério Público”.

O objetivo é combater a imigração em situação ilegal e a exploração laboral, uma vez que há fortes suspeitas de escravatura de imigrantes clandestinos, a viver em "situação degradante".