
Está a decorrer uma megaoperação da GNR em Sesimbra e Almada, com várias buscas no distrito.
Pelo menos três pessoas foram detidas e apreendidas embarcações, viaturas, droga, armas e munições na operação de combate à angariação e exploração de mão-de-obra estrangeira que está a decorrer em Almada e Sesimbra, revelou hoje a GNR.
“Neste momento já foram detidas três pessoas, dois homens e uma mulher, de idades entre os 43 e os 62 anos, foram identificados 16 imigrantes e apreendidas várias embarcações e viaturas, 200 doses de haxixe e cinco armas e 300 munições”, disse à agência Lusa o major Ilídio Barreiros, 2º Comandante do Grupo de Guarda de Fronteiras da GNR.
“Estes dados ainda são provisórios porque a operação ainda está a decorrer e não sabemos o que poderá resultar das buscas que ainda estão em curso e que incidem sobre empresas, embarcações, armazéns comerciais e de aprestos e escritórios de contabilidade”, acrescentou o responsável da GNR.
Na operação de combate à angariação e exploração de mão-de-obra estrangeira para a pesca profissional local e costeira, estava prevista a execução de um total de 41 mandados de busca, seis domiciliárias e 35 não domiciliárias, para recolha de elementos de prova complementares, em Almada e Sesimbra, no distrito de Setúbal.
De acordo com a GNR, algumas das embarcações e armazéns de aprestos, sem condições mínimas de higiene e de segurança, serviam de alojamento a mais de uma dezena de imigrantes.
Em comunicado hoje divulgado, a GNR esclarece que a operação policial está a ser desenvolvida pela Unidade de Controlo Costeiro e de Fronteiras (UCCF), no âmbito de um inquérito criminal tutelado pelo Departamento de Investigação e Ação Penal Regional de Évora, que investiga os crimes de angariação de mão-de-obra ilegal, fraude fiscal, falsificação de documentos e falsidade informática.
O comunicado adianta que as diligências policiais em curso resultaram da identificação de cidadãos estrangeiros em situação irregular no país, a viver em situações degradantes e explorados como mão-de-obra ilegal.
A GNR salienta ainda que a operação, batizada com o nome `Dignitas´, envolve “mais de 130 militares, que contam com o apoio da Autoridade Tributária (AT), da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), de equipas multidisciplinares especializadas para a assistência a vítimas de tráfico de seres humanos da Associação para o Planeamento da Família (APF), contando ainda com a presença de magistrados do Ministério Público”.
O objetivo é combater a imigração em situação ilegal e a exploração laboral, uma vez que há fortes suspeitas de escravatura de imigrantes clandestinos, a viver em "situação degradante".
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