"O maior número de ocorrências registadas tem a ver com a queda de árvores, estruturas de suporte de cabos telefónicos e de estruturas edificadas, principalmente junto ao mar", indicou fonte do Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Faro.
Na praia de Faro, uma pequena unidade hoteleira sofreu danos com o avanço do mar durante a noite de quinta-feira, obrigando à retirada de alguns clientes, mas na cidade o mau tempo não causou estragos significativos, disse à Lusa fonte do município.
Em Portimão, a Praia da Rocha voltou a ser afetada, sobretudo os apoios de praia situados no areal, muito perto do mar e que são mais vulneráveis quando há ondulação forte de sudoeste, como é o caso.
Em declarações à Lusa, o comandante regional da Polícia Marítima (PM) do Sul, Nuno Cortes Lopes, frisou que "a preia-mar durante a noite não foi tão grave como se pensava", atingindo os mesmos locais que tinha atingido durante a tarde de quinta-feira.
"Muito gradualmente, o vento vai decrescer, assim como o mar, mas ainda assim com valores mais elevados do que o habitual", sublinhou o responsável da Autoridade Marítima Nacional.
De acordo com o comandante regional da PM, a forte ondulação "tem causado danos materiais em estruturas edificadas junto ao mar, um pouco por toda a costa do Algarve".
As autoridades reforçaram o apelo, para que as pessoas não tenham comportamentos de risco e não se aproximem demasiado das zonas costeiras, expondo-se demasiado aos potenciais efeitos do mau tempo.
Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), a chuva vai manter-se em Portugal continental, pelo menos até ao final da próxima semana, e o vento vai continuar forte, mas com tendência para diminuir.
A próxima preia-mar (ponto máximo da maré) está prevista para cerca das 15:00.
O IPMA colocou sob aviso amarelo, um dos menos graves, os distritos de Aveiro, Leiria, Coimbra, Lisboa, Setúbal, Beja e Faro até às 09:00 de sábado.
Comentários